Especialistas explicam o que é a acidificação capilar e quando fazer; confira

Procedimento pode ser feito em casa ou por profissional para devolver saúde e brilho aos fios

Legenda: Procedimento é indicado para cabelos danificados, porosos e afinados
Foto: Divulgação

Quando o cabelo está poroso, quebradiço, com aspecto ressecado e parece que as máscaras capilares já não fazem mais nenhum efeito, é hora de mudar as estratégias de tratamento. Até porque os cuidados com as madeixas envolvem mais que o uso de produtos e há fatores externos, como a poluição, que também afetam a saúde dos fios.  

Um dos possíveis tratamentos para melhorar esse aspecto é a acidificação capilar, em que é aplicado um produto específico para, como o próprio nome dizer, deixar o pH do cabelo mais ácido. O cabelo já é naturalmente mais ácido (entre 4,5 e 5,5) e, quando o pH sofre alteração, o fio fica mais danificado e exposto aos fatores externos porque as cutículas ficam mais abertas.  

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A tricoterapeuta e cosmetóloga Josy Machado explica que “a acidificação capilar é para quem precisa combater os efeitos da porosidade nos fios, quando feita corretamente, volta a absorver os nutrientes e vitaminas necessárias para que fiquem saudáveis”. 

Por isso, a tricologista Viviane Coutinho destaca que, ao perceber que o fio está poroso, áspero, embaraça com facilidade, está com pontas duplas, é o momento de usar um acidificante. “Acontece muito nas crespas, cacheadas e em quem faz química ou usa muito fontes de calor”.  

Como é feita a acidificação? 

O procedimento pode ser feito tanto em casa quanto por um profissional, porém um terapeuta capilar ou cabelereiro consegue fazer um diagnóstico melhor das necessidades dos fios e realizar de forma mais correta.  

“O ideal é sempre procurar ajuda profissional, até pra entender a necessidade do cabelo. Se não tiver recursos pra isso, pode usar óleos pra fazer uma reposição lipídica, máscaras nutritivas, restauradoras que deixam o cabelo mais emoliente”, indica Viviane.  

Para a acidificação, Josy explica que podem ser usadas máscaras capilares com pH na faixa de 3,5 ou produtos específicos conhecidos como acidificantes. Já há no mercado diversas opções de venda livre ao consumidor, com valores a partir de R$30.  

Além disso, há receitas caseiras na internet com esse intuito, porém, Josy afirma que elas não têm a segurança nem comprovação científica de que realmente funcionam e alerta: “muito cuidado com o que se vê na internet”.  

Legenda: Profissionais podem realizar o melhor diagnóstico dos fios para identificar as necessidades
Foto: Divulgação

“Um produto para ser lançado no mercado leva em média dois anos de teste para ser comprovado o benefício, e não tem como você verificar o pH de um produto caseiro. Então, a melhor opção é buscar um profissional qualificado e fazer o diagnóstico capilar para solucionar o seu problema. Também será importante ter os produtos em casa para continuar o tratamento”.  
Josy Machado
tricoterapeuta capilar

Quem pode fazer?  

O procedimento pode ser feito, de forma geral, por todos os tipos de cabelos, mas especialmente os mais danificados por causa de químicas como coloração, descoloração, alisamentos. Porém, há algumas restrições que devem ser respeitadas.  

“Geralmente, não é recomendado para uma pessoa que acabou de fazer escova progressiva, que já tem um pH muito ácido, até porque ela não vai perceber as características ruins dos fios. Mas os outros procedimentos, como coloração, totalização, descoloração, há indicação”. 
Viviane Coutinho
tricologista

Conforme Josy, por nossa região ser muito quente e ter água muito clorificada, é preciso fazer essa acidificação com certa frequência.  

A orientação da tricoterapeuta capilar é realizar a acidificação de 10 a 15 dias para cabelos saudáveis e semanalmente para os mais danificados. Porém, é importante sempre seguir a recomendação do profissional que te acompanha.