Investimento multimilionário no Preá, município de Cruz, o condomínio de luxo Vila Carnaúba traz ao mercado imobiliário cearense algumas propostas diferentes se comparadas ao que se conhece em termos de segunda residência no Ceará. Uma dessas curiosidades é que o empreendimento prevê circulação exclusiva de carros elétricos ou de golfe.
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Além disso, estarão espalhados pelos 516.000 m² nove lagos, sendo um deles construído com tecnologia alemã. Veja algumas características sobre o empreendimento:
Sobre as vias do condomínio de luxo, feitas de areia, poderão circular apenas carros elétricos. Assim, as pessoas que chegarem com carros que não são elétricos poderão deixar o veículo em uma parte externa e haverá um transporte (elétrico) dentro do complexo para fazer esse traslado.
“Somos pioneiros na concepção de um condomínio voltado para pedestres, onde só será permitido circular com veículos elétricos ou de golfe. Isso é benéfico devido à redução do ruído, além de limitar a quantidade de carros. As ruas serão de areia e haverá uma ciclovia com superfície de barro compactado, com pouca circulação de veículos”, explica o Grupo Carnaúba.
De acordo com eles, a abordagem deve ainda proporcionar um ambiente mais seguro para caminhadas, corridas, passeios de bicicleta e para que crianças possam brincar no condomínio.
O empreendimento será ocupado por nove lagos. Um deles, o lago de número 9, teve o uso de tecnologia alemã em sua construção.
De acordo com o Grupo Carnaúba, foram utilizadas técnicas de grandes lagoas em campos de golfe e de filtragem de água em grande escala na concretização do lago.
“Tínhamos o sonho de construir lagos que replicassem as lagoas naturais da região e conseguimos fazer dar certo. Os lagos têm água azul, cristalina e fundo de areia branca”, detalha Miguel Pinto Guimarães, um dos arquitetos que assina o projeto do Vila Carnaúba.
Outra característica do condomínio Vila Carnaúba é a inexistência de muros. De acordo com o Grupo, o terreno será cercado, mas reforça que, atualmente, “o local é extremamente seguro e é crucial que essa segurança seja mantida”.
“Isso se deve ao fato de não estarmos experimentando um crescimento não sustentável que resulte em desordem. Não existe uma cultura de roubo e criminalidade, o que elimina a necessidade de construir condomínios com muros altos, como é comum nas regiões do interior de São Paulo”, diz o Grupo Carnaúba.
A cerca de um quilômetro de distância do Vila Carnaúba foi estabelecido um viveiro para as carnaúbas que estavam brotando no terreno do condomínio.
"Essas carnaúbas, que poderiam não prosperar no ambiente do terreno em um primeiro momento devido às obras, ficarão no viveiro até crescerem o suficiente", explica o grupo, que conta com um botânico para o cuidado das plantas.
As carnaúbas adultas são transplantadas no terreno com a ajuda de um trator. No local em que será transplantada a carnaúba, é colocado um material semelhante a um dreno para a filtragem de água.
As plantas do condomínio contarão com um QR Code que, ao ser acessado, mostra nome científico e informações sobre a árvore.
O Vila Carnaúba demandará um investimento de mais de R$ 300 milhões, considerando o condomínio e o hotel de luxo Anantara (com as branded residences). Dentro desse total, R$ 180 milhões correspondem ao condomínio e R$ 150 milhões se referem ao Anantara Preá, hotel de luxo que será gerido pela tailandesa Minor.
O hotel, conforme revelou o próprio Grupo Carnaúba, deve ter financiamento do Banco do Nordeste com quem os investidores esperam assinar um contrato até o fim do ano. As conversas sobre a possibilidade de tomada de crédito para a construção do empreendimento ocorrem após um ciclo inicial de grande aporte de capital próprio feito pelo Carnaúba.
* A colunista viajou à praia do Preá a convite do grupo Carnaúba.