Fortalezense adia dívidas em nome das compras por impulso; veja como se organizar
Pesquisa da Fecomércio-CE revela que quase cinco em cada 10 cearenses com dívidas em atraso estão nessa situação devido às compras por impulso
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Os consumidores estão adiando o pagamento de dívidas em nome das compras por impulso. De acordo com levantamento da Fecomércio-CE referente aos meses de maio e junho, 46,6% dos fortalezenses com contas atrasadas deixaram de pagar devido a gastos que poderiam ser evitados.
A diretora institucional da entidade, Cláudia Brilhante, destaca a “empolgação” dos consumidores nos feriados, resultando em descontrole financeiro. “Aquela pessoa está com dinheiro reservado para alguma dívida, mas vê alguma coisa, sai para algum passeio e gasta aquele valor”, pontua.
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Além do adiamento para uso do dinheiro em outra finalidade, o desequilíbrio financeiro (48,3%), que é quando o valor das despesas supera o das receitas, é a principal justificativa para o atraso das dívidas. O tempo médio de atraso é de 72 dias.
Alimentação: vilã do orçamento doméstico?
Há alguns anos a alimentação figura como o principal objeto de endividamento do consumidor de Fortaleza - inclusive o endividamento com comida cresceu no bimestre maio-junho (66,4%) na comparação com o bimestre março-abril.
Cláudia Brilhante explica que essas compras de alimentação representam as idas ao supermercado. As aquisições no crédito normalmente ocorrem uma vez por semana e vão se acumulando no fim do mês.
Na avaliação da diretora institucional da Fecomércio-CE, uma saída para esse problema é fracionar a ida ao supermercado ao longo da semana, porém pagando à vista.
“Se as pessoas entendessem que é bem melhor ir ao supermercado mais vezes, mas pagando à vista, melhoraria muito esse problema”, destaca ela.
Em Fortaleza, sete em cada 10 consumidores possuem algum tipo de dívida (72,9%) - o que não quer dizer que ela esteja em atraso, pois há diferença entre endividamento (quando uma pessoa assume um financiamento bancário ou tem uma compra no cartão de crédito) e a inadimplência (que é quando a dívida não foi paga em um prazo de 90 dias).
Esse percentual representa um aumento de 2,3 pontos na comparação com a pesquisa do bimestre mar-abr.
Endividamento cresce e confiança se mantém
Já a confiança do consumidor de Fortaleza, indicador que ajuda o comércio representando uma espécie de termômetro sobre a propensão aos gastos, se manteve no bimestre mai-jun.
De acordo com a Fecomércio-CE, a proporção de consumidores que afirmaram ser este um bom momento para compra de bens duráveis foi de 38,9%, abaixo, portanto, do índice medido no primeiro semestre (40,3%).
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