10 cidades do Ceará concentram 60% do potencial de consumo do Estado; veja lista

Fortaleza, Caucaia e Juazeiro do Norte correspondem ao maior volume que deve ser gasto com produtos e serviços

Legenda: A cidade de Eusébio foi uma das dez com o maior potencial de consumo em 2024
Foto: Cid Barbosa

As dez cidades cearenses com o maior potencial de consumo do Ceará representam 60% do montante que deve ser gasto com serviços e produtos em 2024 no Estado. De acordo com o estudo IPC Maps, Fortaleza, Caucaia e Juazeiro do Norte são os municípios com as cifras mais relevantes.

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Dos R$ 200,6 bilhões que o consumidor do Ceará deve gastar com produtos e serviços, R$ 120,2 bilhões correspondem ao potencial de consumo em, além das três cidades citadas, Maracanaú, Sobral, Crato, Iguatu, Eusébio, Maranguape e Itapipoca.

O economista e vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Ceará (Corecon-CE), Wandemberg Almeida, explica que os dados refletem a descentralização da atividade econômica de Fortaleza para outras cidades.

AS 30 CIDADES DO CE COM MAIOR POTENCIAL DE CONSUMO

  1. FORTALEZA: R$ 82,2 bilhões
  2. CAUCAIA: R$ 9,2 bilhões
  3. JUAZEIRO DO NORTE: R$ 6,6 bilhões
  4. MARACANAÚ: R$ 5,6 bilhões
  5. SOBRAL: R$ 4,7 bilhões
  6. CRATO: R$ 3,2 bilhões
  7. IGUATU: R$ 2,2 bilhões
  8. EUSÉBIO: R$ 2,1 bilhões
  9. MARANGUAPE: R$ 2 bilhões
  10. ITAPIPOCA: R$ 1,9 bilhão
  11. AQUIRAZ: R$ 1,9 bilhão
  12. PACATUBA: R$ 1,8 bilhão
  13. QUIXADÁ: R$ 1,6 bilhão
  14. CRATEÚS: R$ 1,6 bilhão
  15. ITAITINGA: R$ 1,5 bilhão
  16. HORIZONTE: R$ 1,5 bilhão
  17. CASCAVEL: R$ 1,5 bilhão
  18. RUSSAS: R$ 1,4 bilhão
  19. QUIXERAMOBIM:  R$ 1,4 bilhão
  20. BARBALHA: R$ 1,4 bilhão
  21. TIANGUÁ: R$ 1,4 bilhão
  22. ARACATI: R$ 1,4 bilhão
  23. PACAJUS: R$ 1,3 bilhão
  24. CANINDÉ: R$ 1,3 bilhão
  25. LIMOEIRO DO NORTE: R$ 1,2 bilhão
  26. MORADA NOVA: R$ 1 bilhão
  27. CAMOCIM: R$ 1 bilhão
  28. TAUÁ: R$ 1 bilhão
  29. SÃO GONÇALO DO AMARANTE: R$ 1 bilhão
  30. ICÓ: R$ 1 bilhão

Municípios da Região Metropolitana como Caucaia, Maracanaú e Eusébio, por exemplo, receberam grandes investimentos ao longo das últimas décadas, com a atração de grandes indústrias. O economista destaca que esse desenvolvimento industrial contribui para o avanço de outras atividades nessas regiões, como o comércio.

"Nós tínhamos um grande fluxo de pessoas que vinham para a Capital cearense para estudar, para ter seu emprego. Agora, as pessoas estão voltando ou ficando no interior, cursando suas faculdades, trabalhando no interior porque temos uma economia mais descentralizada. Houve uma melhora significativa", detalha Almeida.

Descentralização da economia

Em Juazeiro do Norte, a presença de importantes centros universitários como a Universidade Federal do Cariri contribui para esse cenário de elevado potencial de consumo. "Juazeiro com sua universidade federal atrai um fluxo grande de pessoas, então parte do recurso que estaria na Capital migra para o interior. Isso aquece a economia da cidade", aponta Wandemberg.

O potencial de consumo para Fortaleza é calculado em R$ 82,2 bilhões. A cidade representa a sétima maior cifra do Brasil, sendo os primeiros lugares no ranking nacional ocupados por São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Considerando as capitais nordestinas, Fortaleza fica atrás apenas do potencial de consumo em Salvador, na Bahia (R$ 92,1 bilhões).