O prefeito de Fortaleza José Sarto Nogueira reconhece que está “um pouquinho” afastado do processo político iniciado pelo seu partido, o PDT, para o debate das Eleições 2022 e do candidato que concorrerá ao Governo do Estado no próximo ano. O prefeito diz que está com foco na gestão da Capital, mas advertiu sobre o ano que vem: “o jogador é escalado de acordo com a circunstância”.
Com a experiência de ter sido escolhido como candidato a prefeito da Capital no ano passado após processo semelhante, que envolveu debates entre cinco pré-candidatos, Sarto garante que não há “favoritos” e que o PDT saberá escolher o “melhor para o momento”.
“Favorito é quem o PDT entender que está em condições, pois isso é igual a jogador de futebol. O jogador é escalado de acordo com as circunstâncias”, disse o prefeito em uma analogia com o esporte mais popular no País.
“Você é jovem (risos), mas uma dúvida danada antigamente era se botava o Roberto Dinamite que era trombador ou Reinaldo do Atlético Mineiro que era craque, baixinho e tal. Então a depender do contexto, a gente bota o Roberto Dinamite, isso metaforicamente”, brincou, em entevista a este colunista.
Articulações no PDT
O partido já manifestou o desejo de candidatura própria na sucessão do governador Camilo Santana, mas com planos de manter a ampla aliança estadual que dá sustentação ao governo do petista.
Até o momento, há quatro nomes escalados previamente: o da vice-governadora Izolda Cela, do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, antecessor e um dos fiadores da candidatura de Sarto, do deputado federal licenciado Mauro Filho e do presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão.
Sobre a aliança, inclusive, o prefeito de Fortaleza, que não tem o apoio do PT no Município, disse entender que a aliança deve ser mantida em âmbito estadual. “Eu torço que sim. Temos muito mais coisas que nos unem do que no separam. Eu torço pra que no caminhar futuro a gente possa trabalhar juntos com as inteligências dos dois lados”, disse o prefeito.
Na Câmara Municipal, a bancada do PT faz oposição ao governo Sarto, assim como fez à gestão Roberto Cláudio. O rompimento, inclusive, ocorreu na sucessão da ex-prefeita Luizianne Lins, em que Roberto Foi eleito.
Sobre a relação com a Câmara, o rpefeito enfrenta, neste primeiro ano de mandato, turbulência na relação com os vereadores. Ele minimiza as polêmicas.
“90% das mensagens que nós temos mandado para a Câmara tem tido o apoiamento das bancadas de um modo geral, situada ideologicamente em um espectro e no outro espectro. Estou em estado permanente de construção de diálogo”, ao acrescentar: “mas estou aqui para acolher as críticas. Temos experiência no ramo (Legislativo)”.