No início do mês de agosto, provavelmente na próxima semana, autoridades da Aeronáutica e do Ministério da Defesa devem visitar o Ceará para uma inspeção técnica à Base Aérea de Fortaleza, futura casa da nova sede do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no Ceará.
A decisão política de estabelecer uma nova sede do ITA no Nordeste já foi tomada pelo governo Lula. O próximo passo é avaliar questões técnicas, pedagógicas e estruturais para viabilizar o projeto, que é considerado por especialistas uma grande conquista para o Ceará.
Esta coluna apurou que os ministérios da Defesa e da Educação estão comprometidos em discutir o assunto e criar uma portaria interministerial que facilite a implementação.
A primeira etapa é formar uma comissão técnica para avaliar as condições do edifício da Base Aérea e as adaptações necessárias para a implementação do centro de estudos. Como já possui uma área hospitalar e um hotel de trânsito, as intervenções devem ser mais fáceis.
O desafio mais significativo do projeto, conforme apurou esta coluna, são os modernos laboratórios do ITA, que são caros e demandam tempo para serem montados.
Nos bastidores, os técnicos consideram possível incluir a nova sede de Fortaleza no processo de seleção para novos alunos de 2024, mesmo que seja para um único curso.
O Ministério da Defesa trabalhará para determinar qual dos cursos oferecidos pelo ITA requer a menor infraestrutura, com o objetivo de acelerar a abertura da nova unidade para os estudantes no Ceará.
Referência nacional
O Instituto Tecnológico da Aeronáutica é um dos principais centros de ensino de engenharia do país, com sede em São José dos Campos, interior de São Paulo. A instituição possui o exame vestibular mais difícil do Brasil. A escolha do Ceará para uma nova sede não foi aleatória.
Segundo dados do próprio ITA, de 2012 a 2022, 36% dos aprovados (543 do total de 1.478) são estudantes matriculados na capital cearense. O sucesso dos resultados do Ceará chama a atenção do país há anos.
Esta coluna também apurou que existe o desejo de que a linha pedagógica esteja relacionada com energias renováveis, considerando os potenciais da região. No entanto, isso precisa estar alinhado com as questões aeronáuticas e de defesa, que são as principais áreas de foco do Instituto.
Ainda não há informações sobre os cursos que serão oferecidos na unidade cearense e nem sobre o número de vagas para o primeiro vestibular.
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