Diante de um cenário beligerante entre correligionários no Ceará, dirigentes nacionais do PDT tentam entrar em campo para tentar desarmar as bombas que estão prestes a explodir o partido no Estado. Lideranças estaduais estão sendo procuradas para intermediar um diálogo e encerrar as querelas que levaram a legenda a uma batalha judicial na semana passada.
Após a decisão da Executiva Nacional de inativar todo o diretório estadual e convocar uma comissão provisória e a justiça derrubar a medida, dirigentes nacionais sem vínculos com o Ceará estão conversando com líderes locais que integram o partido para tentar acalmar os ânimos.
Na próxima segunda-feira (16), está marcada uma reunião do diretório estadual para discutir uma nova executiva estadual. A disputa é entre os grupos do senador Cid Gomes e do Deputado Federal André Figueiredo, atual presidente nacional interino da Legenda.
Os aliados de Cid alegam ser maioria e querem discutir mudanças no comando local. Este grupo está próximo do governo Elmano de Freitas e alguns, inclusive, integram a gestão com cargos no primeiro escalão de Elmano.
Já os aliados de André Figueiredo defendem que o partido faça oposição ao governo Elmano tendo em vista que o candidato da legenda em 2022, Roberto Cláudio, foi derrotado nas urnas. Os dois grupos se digladiam no parido desde a fase de pré-campanha da eleição passada.
Esta coluna apurou que o temor dos dirigentes nacionais é que o aprofundamento da crise interna no Ceará faça com que o partido desidrate, por conta da perda de liderança como deputados federais e senador.
Nos bastidores, a tendência é que os aliados de Cid Gomes, que são maioria, possam vencer a disputa na segunda-feira. Entretanto, o outro grupo deve armar um contra-ataque. É isso que a nacional quer evitar.
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