Camilo Santana defende investigação sobre suspeitas em compra de vacinas pelo Governo Federal

Para o governador, a CPI da Pandemia não deve ser politizada, mas precisa mostrar as responsabilidades sobre omissões no enfrentamento da Covid-19

Legenda: O governador comentou o assunto durante entrevista a este colunista e ao radialista Paulo Oliveira na Rádio Verdes Mares
Foto: Fabiane de Paula

O governador Camilo Santana defendeu, nesta quarta-feira (30), em entrevista aos veículos do Sistema Verdes Mares, que as denúncias contra o governo federal em relação à compra de vacinas que eclodiram nos últimos dias precisam ser investigadas pela CPI da Pandemia no Senado. Para o governador, as possíveis omissões e o atraso nas vacinas demandam uma resposta para a população brasileira. 

"Toda investigação é importante em todas as esferas para avaliar não só decisões em relação a esse enfrentamento (da pandemia), até porque tivemos aí mais de 500 mil mortes no Brasil, o atraso na vacinação e compra de vacina. Qualquer denúncia de corrupção deve ser investigada, avaliada... Se houver comprovação, as pessoas devem ser punidas. Isso é o que eu defendo".
Camilo Santana
Governador do Ceará
 

Ao longo da pandemia, Camilo manteve embates com o presidente Jair Bolsonaro, como em fevereiro deste ano, quando se opôs à vinda do presidente a Tianguá para anunciar obras de estradas em um momento crítico da pandemia. À época, após grande aglomeração de pessoas, o ministério Público Federal encaminhou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um procedimento para analisar o possível cometimento de crime por parte do presidente. 

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Camilo voltou a defender a importância da própria CPI. “Espaço importante para a população compreender e investigar as omissões. Infelizmente, a maior autoridade do país negou a pandemia e negou as vacinas. Chegou a dizer que quem tomasse vacina iria virar jacaré”, criticou.  

Na avaliação do chefe do Executivo estadual, nos piores momento da crise de saúde pública, enquanto governadores e prefeitos sofriam o desgaste de ser obrigado a impor regras de circulação de pessoas e fechamento das atividades econômicas. “Enquanto estávamos orientando a população e tomando ações impopulares, mas necessárias, o presidente estava fazendo o contrário: promovendo aglomerações e incentivando o não uso de máscaras”. 

Camilo fez a ponderação de que a Comissão Parlamentar de Inquérito não deve ser politizada, mas sim buscar investigar “a verdade dos fatos”. “São mais de 500 mil famílias afetadas. Quais são as consequências disso”, questionou.

Veja o embate sobre a polêmica visita de Bolsonaro ao Ceará 

Confira o discursos do presidente na oportunidade:

Após a visita, Camilo Santana foi às redes sociais comentar o episódio: