A dúvida dos políticos sobre os pedidos que Gilmar Mendes deixou para depois no caso Júnior Mano
O ministro informou que, dois pedidos da PGR no caso, foram deixados para um momento posterior às diligências desta semana
A decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes, que autorizou mandados de busca e apreensão na investigação da Polícia Federal contra o deputado cearense Júnior Mano (PSB), continua repercutindo nos bastidores da política local. Um dos pontos de atenção das lideranças políticas, nesta quarta-feira (9), foi um trecho específico, quase despercebido, no rodapé da decisão do magistrado.
Após determinar o cumprimento das medidas, Gilmar opta por adiar a análise de dois pedidos feitos pela Procuradoria-Geral da República, listados como alíneas “f” e “g” da manifestação enviada à Corte. Ele decide “postergar a análise de sua pertinência para momento posterior à implementação das medidas cautelares probatórias e assecuratórias ora deferidas”.
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O conteúdo desses pedidos segue sob sigilo, mas nos bastidores a especulação corre solta. Parlamentares com experiência em Brasília avaliam que pode se tratar de pedido mais contundente, algo que só viria à tona após a consolidação das diligências em andamento.
Seja como for, o suspense gerado tem aumentado a tensão e o alerta em círculos políticos no Estado.
Do local ao Nacional
A decisão de Gilmar Mendes causou um terremoto político no Ceará. Além de Júnior Mano, o ministro mandou investigar citações aos deputados José Guimarães, Eunício Oliveira e Yuri do Paredão.
Além disso, o caso acabou virando um novo capítulo da crise entre os três poderes em Brasília.