Voo inaugural da Iberia em Fortaleza teve voo 'rasante' e aplausos; relembre

Com a perspectiva de retorno da Ibéria a Fortaleza, voltaremos no tempo para relembrar o voo inaugural da companhia espanhola lá no longínquo ano de 2011. Relembraremos também algo que marcou a mim e a dezenas de pessoas que estavam presentes no antigo terraço panorâmico do aeroporto Pinto Martins: a belíssima passagem baixa do Airbus 340–300 da companhia que chegava de Madri para primeiro pouso em Fortaleza.
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A empresa aérea espanhola Ibéria iniciou voos triangulares entre Madri, Fortaleza e Recife em fevereiro de 2011. Os voos foram feitos com o gigante quadrimotor Airbus 340–300 para até 260 passageiros, entre classe executiva e econômica.
No voo inaugural, muita gente foi até o Pinto Martins em Fortaleza acompanhar a chegada do jato quadrimotor, inclusive meu Pai e eu.
Na oportunidade, tivemos o privilégio de conferir uma belíssima passagem baixa do A340 sobre o aeroporto, por volta de 200 metros do nível da pista, algo que o antigo mirante do aeroporto no 3º piso permitia ver com grande perfeição.

Veja o vídeo da passagem baixa do Airbus 340-300
Na época, o parceiro Ivanilton Jr gravou o momento único da passagem baixa do A340-300 no voo inaugural da Ibéria em Fortaleza, confira:
No 1º vídeo, o Ibéria passa realmente muito baixo sobre o eixo da pista de pouso e decolagem.
No 2º link, já se mostra o A340-300 após curva à esquerda, sobrevoando a área norte da Capital, seguindo circuito de tráfego, muito provavelmente a 1.500 pés (algo como 500 metros, também, muito baixo), realizando perna do vento (etapa contrária ao sentido de pouso).
O feliz vídeo ainda mostra a perna base do gigante (curvando à esquerda) em tráfego totalmente visual para se alinhar à pista 13. Infelizmente, o vídeo não mostra o pouso da aeronave, mas a passagem baixa e a perna do vento do voo inaugural está imortalizada. Que dia!
Resultados das operações em 2011
As operações da Ibéria aconteceram por quase todo ano de 2011 em Fortaleza e Recife. As ocupações dos voos não foram excelentes, porém, não foram ruins.
As médias de ocupação dos voos (números da Agência Nacional de Aviação Civil — ANAC) ficaram entre 75% até 95%, porém, com a queixa de executivos da Ibéria de que boa parte da ocupação consistia em passageiros ocupantes da classe econômica, logo rebaixando a rentabilidade do voo.
Ademais, a Ibéria apontou também como causa para o fim das operações, incremento dos custos com combustível em até 40%, levando a operação a não ter “a rentabilidade esperada”.
Pudera, uma aeronave quadrimotora representa um custo maior para qualquer voo. Hoje em dia, fosse a aeronave bimotora e mais eficiente, o desfecho poderia ser diferente.
E é o que deveremos ter em Fortaleza e Recife: em 2025 e 2026, previsão de operação com uma aeronave muito eficiente bimotora como o gigante Airbus 350-900.
Apesar disso, ficou muito claro que havia demanda para o voo, item que se reforçou no restante da década com a chegada de mais companhias aéreas.
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*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.