Urânio fosfatado de Itataia no Plano Nacional de Fertilizantes

O plano - que será lançado sexta-feira, 11, pelo presidente Bolsonaro e pela ministra Tereza Cristina - prevê a desburocratização do Ibama. E mais: 1) Capacete Elmo no Congresso de Inovação da CNI; 2) Agricultor ensila sorgo e milho

Legenda: Foto da entrada da mina de urânio fosfatado de Itataia, em Santa Quitéria, no Sertão Cental do Ceará
Foto: Kid Júnior

Em mensagem a esta coluna, o deputado federal cearense Danilo Fortes (PSDB) informa que a exploração da usina de urânio fosfatado de Itataia, em Santa Quitéria, está incluída no Plano Nacional de Fertilizantes, que o presidente Bolsonaro e sua ministra da Agricultura, Tereza Cristina, lançarão na próxima sexta-feira, dia 11, em solenidade no Palácio do Planalto.

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O plano prevê a redução da dependência brasileira dos fertilizantes importados, de 85% para 60%, nos próximos 30 anos.

Esse plano está pronto desde 2021, mas por culpa do desinteresse do Executivo e do Legislativo federais e, também, do Poder Judiciário, que barrou, liminarmente, a exploração das minas de potássio existentes no Norte do país, ele jamais saiu do papel ou das boas intenções de Brasília.

De acordo com o deputado Danilo Forte, o Plano Nacional de Fertilizantes envolverá, transversalmente, outros ministérios, principalmente os de Minas e Energia e do Meio Ambiente.

É a demora prolongada do licenciamento ambiental o principal gargalo enfrentado pelas empresas donas das concessões para a exploração das jazidas.

No caso da mina de urânio fosfatado de Itataia, um consórcio fará a sua exploração, uma vez que ganhou a licitação promovida pelo Ministério de Minas e Energia. 

O consórcio é constituído pelas empresas Galvani Fertilizantes e Indústrias Nucleares Brasileiras, que se declaram prontas para iniciar a exploração, dependendo, somente, da licença ambiental emitida pelo Ibama.

Uma fonte desta coluna, ligada à Superintendência da Agência Nacional de Mineração, revelou que a extração do urânio da usina de Itataia só será lucrativa se for feita juntamente e simultaneamente com a extração do fosfato, matéria prima que entra na fabricação dos fertilizantes.

Segundo a mesma fonte, o processo de extração dos minerais exige bastante água. 

Outra fonte, porém, disse que o processo de extrair o urânio e o fosfato simultaneamente “exige hoje pouca água”. E acrescentou que o governo do Estado se comprometeu a construir uma adutora exclusivamente ´para atender ao projeto do consórcio Galvani-INB.

O Plano Nacional de Fertilizantes prevê a concessão de incentivos fiscais e tributários aos fabricantes de fertilizantes, oferta de crédito especial para quem quiser investir no setor e rapidez no processo de licenciamento ambiental, e é este ponto o que mais levanta a desconfiança dos empresários.

Como as jazidas de potássio localizadas no Norte do país estão próximas ou até mesmo dentro de áreas indígenas, teme-se que a licença ambiental continuará sendo o problema a ser enfrentado pelos investidores.

No que tange à mina de Itataia, como não há nenhuma área indígenas ao seu derredor, imagina-se que o licenciamento do Ibama deverá, realmente, ser acelerado.
 
Na sexta-feira, no lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes, serão conhecidos maiores detalhes sobre como será possível desburocratizar o Ibama. 

No Governo do Estado do Ceará, principalmente na sua Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), há muita expectativa em torno do plano, pois é por meio dele que se viabilizará a exploração do urânio fosfatado de Itataia. 

O titular da Sedet, engenheiro Maia Júnior, ficou feliz ao tomar conhecimento do lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes, “porque ele abrirá uma nova fronteira para a economia cearense e do país como um todo, pois contribuirá para a redução das importações do insumo”.

O secretário Maia Júnior disse que o futuro próximo do Ceará é “muito promissor”, uma vez que, diante da guerra na Ucrânia e de suas consequências nos preços do petróleo e gás, o Hidrogênio Verde surge como o mais viável de todos os projetos ligados à produção de energia limpa.

MEDALHA DA ABOLIÇÃO PARA RICARDO CAVALCANTE: JUSTA HOMENAGEM

Maior comenda do Governo do Ceará, a Medalha da Abolição será entregue, neste ano, a  personalidades que estão fortemente ligados ao desenvolvimento do Estado em suas respectivas áreas de atuação. 

Estão sendo homenageados o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante; a secretária de Proteção Social, Socorro França; o humorista Tom Cavalcante; Expedito Seleiro, um caririense seleiro de ofício; o senador Cid Gomes; a desembargadora Nailde Pinheiro; o Preto Zé, presidente da Central ùnica das Favelas; a jogadora de futsal Amandinha; e toda a equipe de cientistas que criaram e desenvolveram o capacete Elmo, de respiração assistida, um equipamento que, durante a pandemia da Covid 19, salvou milhares de vidas.

A homenagem ao presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, é justa e merecida. Sob sua liderança, o empresariado cearense, no auge da pandemia da Covid, em 2020, foi mobilizado para a aquisição de equipamentos doados à rede pública de hospitais do Ceará. Além disso, a equipe do Senai-Ceará desenvolveu o capacete Elmo, o que colocou o Ceará no protagonismo nacional no combate à pandemia.

CAPACETE ELMO É DESTAQUE EM CONGRESSO DE INOVAÇÃO

Hoje, no 9º Congresso de Inovação da Confederação Nacional da INdústria (CNI), em Brasília, o capacete Elmo, de respiração assistida, usado intensamente durante o auge da pandemia da Covid-19, será apresentado como um dos quatro mais importantes projetos de inovação tecnológica da indústria brasileira.

Quem fará a apresentação do Elmo nesse congresso será um diretor da Esmaltec, empresa do Grupo Edson Queiroz, que produz em escala industrial esse equipamentos, criado e desenvolvido pelo Senai-Ceará.

O presiente da Federação das Indústrias do Ceará, Ricardo Cavalcante, e o diretor-geral do Senai-Ceará, Paulo André Holanda, estão em Brasília para participar do evento. 

SILAGEM PARA MANTER O GADO

Em sua fazenda na zona rural do município de Ibaretama, o agropecuarista José Antunes Mota, presidente do Sindicato da Indústria de Lacticínios, plantou e vai colher, após esta estação de chuvas, 800 toneladas de sorgo, milho e capim.

Tudo isso será ensilado para que, no segundo semestre, não falte comida para seu rebanho de cabras, ovelhas, bovinos e suínos, como informa o próprio Antunes. 

Ele produz e comercializa pelas redes de supermercados queijo de cabra de alta qualidade e, também, requeijão e queijo de coalho.

Ontem, José Antunes não escondia sua alegria: “Choveu muito lá fazenda nos últimos três dias”.

B&Q ENERGIA NO CONGRESSO DE INOVAÇÃO DA INÚSTRIA

Luís Carlos Queiroz, presidente do Sindienergia-CE e CEO da B&Q Energia, participa hoje e amanhã em São Paulo do 9° Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, promovido pela CNI e pelo Sebrae, com o apoio do IEL, Sesi e Senai. 

Na oportunidade, a B&Q Energia será homenageada no lançamento da série 100% Saúde, conduzida pelo diretor de Educação e Tecnologia da CNI, diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Luchesi. 

Luís Carlos Queiroz apresentará o programa Pacto Pela Vida, uma iniciativa desenvolvida pela B&Q em favor da segurança do trabalho, que consiste no envolvimento da família com a empresa.