Teremos inverno em 2023? Três cientistas responderão na Faec

Francisco de Assis Diniz, do Inmet; Luiz Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas; e Eduardo Martins, presidente da Funceme, apresentarão seus estudos sobre a próxima estação de chuvas

Legenda: Em várias regiões do Ceará, o tempo mudou e o chão ganhou a cor verde do inverno cearense
Foto: Marciel Bezerra / Diário do Nordeste

Produtores rurais e empresas da agropecuária cearense saberão no dia 16 do próximo mês de dezembro quando poderão – ou não – iniciar o plantio de suas safras para o ano de 2023. 

Naquela data, três especialistas no estudo do clima e dos fenômenos meteorológicos estarão reunidos no auditório do edifício-sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec) para apresentar suas previsões a respeito da próxima estação de chuvas no Ceará e no Nordeste.

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Os cientistas convidados – e confirmados – para o encontro na Faec são o presidente da Funceme, engenheiro Eduardo Sávio Martins; o professor Luiz Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas; e Francisco de Assis Diniz, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Para essa reunião – inédita no Ceará – estão sendo convidados os presidentes dos sindicatos rurais filiados à Faec, empresários ligados à agricultura e à pecuária do Ceará e autoridades do governo do estado que têm direta ligação com a economia primária estadual.

O presidente da Federação da Agricultura, Amílcar Silveira, disse nesta quinta-feira à coluna que o objetivo da reunião científica é antecipar as previsões sobre a próxima estação chuvosa, orientando o produtor a plantar no momento certo, “ou não plantar, se for o caso, e disto só saberemos ao final da fala dos três cientistas”.

A iniciativa da Faec está recebendo aplausos de quem produz, de forma empresarial, na agropecuária do Ceará. Luiz Girão, fundador do Grupo Betânia Lácteos e um dos três maiores produtores de leite do Ceará, considera “um tiro na mosca” a ideia de Amílcar Silveira. 

Por sua vez, Luiz Roberto Barcelos, sócio e diretor da Agrícola Famosa, produtora e exportadora de melão, elogia a Faec por reunir em Fortaleza a ciência do clima com o objetivo de “clarear o nosso setor, que depende muito da chuva”. Barcelos acrescenta que, sabendo quando, onde e em que volume choverá, será muito mais fácil programarmos nossa atividade”.

Cristiano Maia, maior criador de camarão do país e, também, agropecuarista, considera “muito oportuna e louvável a iniciativa da Faec de fazer uma reunião aberta dos produtores rurais com os que estudam o clima, uma pois por meio dela teremos as informações necessárias para o nosso planejamento”.

Nos últimos dias, há bons registros de chuvas no interior do Ceará, cuja paisagem já ganhou o verde, que é a cor do inverno cearense.