Já foram iniciados os entendimentos de representantes do setor produtivo com a direção da Enel-Ceará, empresa que tem o monopólio da distribuição de energia elétrica em toda a geografia cearense.
Uma fonte da indústria revelou à coluna que representantes da produção se reuniram com técnicos da Enel, buscando “uma alternativa” para a solução do problema gerado pela decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de aumentar, em ate 32,7% as tarifas cobradas no Ceará.
Nessa reunião – segundo a mesma fonte – buscaram-se “as fórmulas utilizadas para o aumento de preços e a composição da tarifa”.
Constatou-se, na reunião, que, só de tributos, incidem sobre a tarifa de energia no Ceará 32% de impostos, dos quais 28% se referem ao ICMS (um tributo estadual).
“O restante é custo de compra da própria energia. O custo da distribuição cobrado pela Enel-Ceará é de 25,4% da tarifa total, havendo um pequeno percentual – que está em discussão entre as partes – para a redução ou diferimento”, exlicou a fonte.
Aparentemente, os argumentos da Enel têm sido entendidos pelo Setor Produtivo, que hoje divulgou nota -- assinada pelas entidades empresariais, entre elas a Fiec e a Faec -- dando conta dos entendimentos.
A mesma fonte aportou a esta coluna outra informação relevante:
“A tarifa atual, em reais, será igual à tarifa anterior, sem a cobrança de bandeira” – e nem poderia ser diferente, uma vez que a tarifa vermelha (a mais cara) foi extinta, estando vigendo a verde (a mais barata).
As conversas do Setor Produtivo com a Enel parecem caminhar para um bom entendimento, pelo menos é o que transmitiu a fonte a esta coluna.