Sindquímica chama de 'absurdo' aumento de tarifas da Enel

A indústria química também se levanta contra o reajuste de 24,88% para a indústria e de 32,7% para a agropecuária autorizado pela Aneel. E mais: Lide-Ceará debate sobre Energia 4.0

Legenda: Setores da indústria erguem-se contra o aumento das tarifas de energia elétrica cobradas pela Enel-Ceará
Foto: Shuterstock

Mais um sindicato da indústria manifestou-se contra o recente aumento de até 32,7% (para a agropecuária) das tarifas de energia elétrica que, a pedido da Enel, foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que parece mais defender o interesse das empresas de geração e de distribuição do que o dos consumidores, que somos todos nós.

Desta vez é o Sindicato das Indústrias Químicas (Sindquímica-CE) que se posicionou contra o que chamou de “índice absurdo aprovado na conta de energia elétrica”, que está vigendo desde a última sexta-feira, 22 deste mês.

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A nota do Sindquímica é a seguinte, na íntegra:  

“O Sindquímica-CE – Sindicato das Indústrias Químicas do Estado do Ceará – une-se às demais entidades ligadas aos setores industrial e comercial do estado do Ceará para expressar contrariedade em relação ao reajuste médio de 24,88% na tarifa de energia elétrica cearense, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) no estado.
 
“Há alguns meses, ainda vivenciávamos um período crítico de pandemia, que se estendeu por cerca de dois anos, provocando danos sociais e atingindo diretamente não só a saúde das pessoas, como também dos negócios e a economia como um todo. Ainda não tivemos como nos recuperar desse forte impacto provocado pela pandemia e entendemos que esse processo levará algum tempo. Dessa forma, esse reajuste totalmente fora dos padrões e descontextualizado com a economia, em um dos principais custos para todas as empresas, viria como mais um dificultador para a nossa tentativa de retomada.
 
“Reforçamos que não são apenas os nossos negócios e o nosso setor que está em risco e que sofreria (sic) com a continuação do reajuste aprovado, mas a economia doméstica e milhares de empregos e pessoas que dependem da saúde das empresas e do setor econômico para o seu próprio sustento e de suas famílias.
 
“Dessa forma, em nome da defesa dos interesses do setor químico, nos unimos ao coro de diversas manifestações contrárias ao reajuste para pedir às autoridades competentes que tomem as medidas cabíveis diante desse índice absurdo aprovado na conta de energia elétrica. É toda uma cadeia que depende desse importante insumo para sobreviver e evoluir.”

LIDE PROMOVE DEBATE SOBRE ENERGIA 4.0

Para apresentar e discutir as oportunidades e benefícios da modernização do setor elétrico brasileiro, o Lide Ceará promoverá sexta-feira, 29, das 8 às 11 horas, o Seminário Energia 4.0.

Serão debatedores dois expoentes do setor com atuação nacional: Ricardo Costa, sócio fundador e presidente da GDSolar Holding, e Jonas Becker, fundador e CEO da Eco Soluções em Energia. 

O evento será realizado em formato presencial, no hotel Gran Marquise, exclusivo para membros associados do Lide Ceará.
 
“No momento em que vemos o custo da energia disparar no Brasil, seja por razões climáticas ou por questões inflacionárias, é muito oportuno para todos os setores empresariais ter conhecimento de alternativas que possam significar diminuição de custos e aumento na sustentabilidade ambiental dos negócios. Os dois palestrantes têm uma longa e rica trajetória na geração distribuidora e em energias renováveis e trarão um bom panorama do mercado atual e das oportunidades”, diz o empresário Sérgio Resende, vice-presidente do Lide Ceará.