Um dos ícones da indústria cearense, a Gerdau – com duas unidades fabris na Região Metropolitana de Fortaleza – anunciou ontem aos seus funcionários que, temporariamente, hibernará sua usina siderúrgica instalada e em operação há 42 anos no Distrito Industrial de Maracanaú.
No mesmo comunicado, foi anunciado também que essa planta começará uma obra de engenharia que a adaptará para a produção de tarugos de 6 metros a 12 metros, com o que atenderá à demanda de sua laminadora localizada em Caucaia, que é a mesma que pertenceu ao grupo espanhol Hierros Añon, que a vendeu à Gerdau.
Esta informação foi transmitida por uma fonte do Sindicato da Indústria Metalúrgica do Ceará, que a recebeu de funcionários da própria Gerdau em Maracanaú e em Caucaia. A msma fonte adiantou que essa hibernação demorará um ano e meio.
A produção da Gerdau em Caucaia atenderá, igualmente, às exportações da Gerdau no Ceará, que vende parte de sua produção para países da América Latina.
A unidade da Gerdau, em Maracanaú, continuará recebendo sucata dos seus diferentes fornecedores, que será em seguida transferida para outras unidades do grupo, como a de Recife, por exemplo.
O Grupo Gerdau revelou que, nessa transição, serão investidos US$ 28 milhões. A previsão é de que a nova unidade da Gerdau em Caucaia será concluída e operará ao longo do próximo ano de 2026.
Quanto aos seus colaboradores, uma parte será realocada na unidade de Caucaia, enquanto uma parte menor continuará na manutenção das máquinas e do pátio de sucata, ao mesmo tempo em que outra parte já começou a ser desligada.
Fontes do setor metalúrgico e siderúrgico deram como uma das causas a queda dos preços internos do aço, motivada pela invasão do produto importado.