Juntaram-se as prefeituras de Mombaça, Senador Pompeu, Solonópole, Milhã, Acopiara, Pedra Branca, Piquet Carneiro e Irapuan Pinheiro e constituíram o Consórcio de Desenvolvimento da Região do Sertão Centro-Sul – Codessul (com dois ss), que, para além de, coletivamente, recolher, transportar e dar destino final aos resíduos sólidos de suas sedes municipais e dos seus principais distritos, cuida, também, comunitariamente, de qualificar seus produtos de origem animal.
O superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Ceará, Francisco Holanda Neto, revelou à coluna que os sete associados do Codessul estão, neste momento, mobilizados no sentido de que todos os produtos agropecuários daquela região tenham correta e permanente fiscalização federal, estadual e municipal.
O objetivo do consórcio é a obtenção, para esses produtos de origem animal, entre os quais os queijos, os respectivos selos da inspeção sanitária.
Entusiasmado com o que chama de “excelente perspectiva”, o jovem prefeito de Mombaça, Orlando Cavalcante Filho, segue com olho de lince e ouvidos caninos as providências que, lideradas pela Superintendência do Mapa no Ceará e pela Adagri, vêm sendo tomadas para que os produtos de origem animal dos municípios do Sertão Centro-Sul cearense ganhem, definitivamente, o selo de qualidade da inspeção federal.
Orlando Filho revela que Mombaça produz, diariamente, 48 mil litros de leite bovino.
”Tendo em vista que a produção de cinco litros de leite corresponde a um emprego, temos só nessa atividade um contingente de 48 mil pessoas empregadas pela pecuária no meu município. Mas nosso objetivo é chegarmos ao fim do próximo ano de 2023, produzindo 80 mil litros. Geraremos mais empregos e mais renda para a nossa população rural”, antecipa o prefeito, que está em Fortaleza participando, no Centro de Eventos do Ceará, da 25ª Pecnordeste.
A propósito: ontem, na área de exposição da Pecnordeste, chamaram a atenção o estande da Universidade de Fortaleza (Unifor), que destacava seu curso de Medicina Veterinária e suas experiências e pesquisas na área da pecuária;
O da Massey Fergusson, que exibia um trator de US$ 100 mil, com ar condicionado na sua cabine de comando;
O da Samaria Rações, maior fabricante nordestina de rações para animais;
O do Sindicato da Indústria de Lacticínios do Ceará servia, em pequenas porções, iogurtes das marcas Betânia e Maranguape, e promovia a degustação do “Queijo do Sol Cambi”, criado e desenvolvido por um especialista uruguaio na fazenda Canaã, em Ibaretama, de propriedade do pecuarista e industrial José Antunes Mota.
Outro estande muito visitado tem sido o do Sindicato da Indústria do Algodão, que juntou parte da cadeia produtiva para propagar o esforço do setor no sentido de revitalizar a cotonicultura cearense.
Essa revitalização está ocorrendo, principalmente, na Chapada do Apodi, onde um empresário, sozinho, cultiva algodão em quase 2 mil hectares; na região do Cariri; e no Sertão Central. As pessoas que entravam no estande mostravam interesse em saber se esse esforço será viável, e a resposta que ouviam era que sim.
Ontem, foram servidas, na Pecnordeste, 2.500 almoços para pequenos produtores rurais que, em caravana, vieram de dezenas de municípios das diferentes regiões do Estado para a Pecnoreste. Eles comeram carne suína e picadinho de carne bovina, além de salada verde, arroz com cenoura e massa, pudim, refrigerante e água mineral.
A Pecnoreste encerra-se hoje, às 16 hoas.
OLHO NO PIB DE 2022
Uma boa notícia: o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA, previu ontem que o PIB brasileiro deverá crescer 1,8% neste ano.
No primeiro trimestre, ele cresceu 1%.
Segundo a Visão Geral de Conjuntura do IPEA, a atividade econômica apresentou resultado positivo também em abril, o que deverá se repetir em maio.
Ainda de acordo com o Ipea, o setor de serviços puxará o crescimento do PIB em 2022, devendo manter-se estáveis a indústria e a agropecuária.
Para 2023, a previsão do IPEA para o PIB é de 1,3%.