Receita mudará CNPJ numérico para alfanumérico

Com a mudança, será possível fazer até 1 trilhão de combinações de letras e números. Hoje, só podem ser feitas 99,99 milhões.

Legenda: O CNPJ terá, a partir de 2026, sequência alfanumérica, capaz de permitir 1 trilhão de combinações com letras e números
Foto: Shutterstock

Atenção! Vai mudar o CNPJ – que é o Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas. 

Aos extensos números que compõem hoje o CNPJ, será acrescido um conjunto de letras. De acordo com a Receita Federal, essa providência é necessária porque as combinações numéricas estão prestes a esgotar-se: há 60 milhões de CNPJs registrados, dos quais 30 milhões são de empresas ativas.

Segundo o site Contábeis, a principal mudança no CNPJ estará na composição do número de inscrição que sairá do tradicional formato exclusivamente numérico para ter uma estrutura alfanumérica. 

As 14 posições serão mantidas, mas com as seguintes mudanças:

As primeiras oito posições serão alfanuméricas, identificando a raiz do número;

As quatro posições subsequentes também serão alfanuméricas, determinando a ordem do estabelecimento inscrito;

As duas últimas posições permanecerão numéricas, correspondendo aos dígitos verificadores.

Um dos principais motivos da mudança é que o sistema atual de CNPJ é limitado a 99,9 milhões de combinações numéricas. Com quase 60 milhões de estabelecimentos já cadastrados e a crescente demanda por novos registros, a Receita Federal percebeu a necessidade de expandir essa capacidade. 

A introdução do formato alfanumérico permitirá quase um trilhão de combinações, assegurando a disponibilidade de novos números por um período significativamente prolongado.

A Receita Federal informa que os CNPJs atuais continuarão válidos, eliminando a necessidade de reemissão de documentos e facilitando uma adaptação gradual e planejada às novas regras.

O cronograma estabelecido pela Receita Federal prevê que o novo CNPJ alfanumérico estará completamente implementado a partir de janeiro de 2026.

Com essa iniciativa, a Receita Federal busca modernizar e ampliar a capacidade do sistema de cadastros nacionais, atendendo à demanda crescente por novos registros e assegurando a eficiência e continuidade dos serviços prestados.

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