Processadora de pescados de S. Gonçalo do Amarante será indústria 4.0

A espanhola Robinson Crusoe, que no Ceará beneficia pescados, inclusive atum e sardinha, quer integrar em sua unidade industrial o trabalho manual ao tecnológico

Legenda: Unidade de processamento de pescado (foto) da Robinson Crusoe na cidade cearense de S. Gonçalo do Amarante
Foto: Divulgação

Concluída a etapa de investimentos do ciclo 2020-2023, a espanhola Robinson Crusoe volta-se agora à conectividade, integração e automação dos processos produtivos e de controle de sua unidade de processamento de pescado em São Gonçalo do Amarante, no Ceará.
 
A empresa investe agora na capacitação de sua mão de obra. Seus colaboradores, 60% dos quais são mulheres, têm participado de programas de aprimoramento, direcionados à Indústria 4.0. Fizeram também treinamentos específicos no Senai-Ceará, e, ainda, com seus fornecedores de equipamentos. 

“Aplicamos cursos de capacitação por entender que as pessoas são peça chave nesse processo de transformação e precisam acompanhar a evolução da tecnologia nas máquinas, robótica e processos” comenta Fernando Botelho, diretor executivo da Robinson Crusoe.

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Ainda que detenha equipamentos com alta tecnologia a bordo, uma planta de processamento de pescado demanda muita mão de obra direta. 

“O que se busca na condução ao status de Indústria 4.0 é o cenário de integração do trabalho manual com o tecnológico, trazendo para o negócio economia na utilização de insumos, informação em tempo real, mais segurança e qualidade aos produtos, integração direta de processos e, naturalmente, menor custo de produção”, diz Manoel Ramon Gonzalez – CEO da empresa.
 
Com a estrutura atual de sua planta, agregando tecnologia de ponta e digitalização dos processos de gestão integrados ao seu ERP (Planejamento de Recursos Empresariais), a Robinson Crusoe mantém a melhoria contínua de seu processo produtivo, estando preparada para consolidar-se entre as empresas de pescados mais avançadas do país. 

“A Crusoe está sendo preparada hoje para os desafios atuais e futuros”, comenta Manoel Ramon Gonzalez. "Largar na frente e aliar inovação com experiência garantirão a colheita de bons resultados no negócio, e é por isso que o projeto indústria 4.0 se tornou uma realidade tão importante para a empresa”, acrescenta ele.
 
A Crusoe Foods, detentora da marca Robinson Crusoe, pertence à Jealsa, empresa espanhola com presença em países da Europa e das Américas. São mais de 60 anos de experiência dedicados à fabricação e à comercialização de conservas de pescados e mariscos.
 
A companhia desenvolve, no Brasil, um processo que incentiva a pesca sustentável, baseando-se em diretrizes da matriz espanhola. O conceito também envolve o We Sea, programa com foco nas pessoas, na responsabilidade com o entorno, e com os recursos marinhos, contribuindo para um mundo melhor e mais saudável.
 
A empresa obteve importantes certificações como a IFS Food - International Featured Standards (de qualidade e segurança alimentar) e selo BDK (Kosher) que obedecem às normas que regem a dieta judaica ortodoxa.
 
A indústria sediada na cearense São Gonçalo do Amarante abastece o mercado nacional, e já está exportando, tendo harmonizado a alma e a tropicalidade brasileiras, com a tradição, competência e “expertise mundial” da Jealsa.