Será divulgado na manhã desta quinta-feira, dia primeiro de junho, o PIB do primeiro trimestre deste ano, e todas as previsões dos economistas apontam para um crescimento acima de 1% na comparação com o trimestre anterior e de até 3% se comparado ao primeiro trimestre do ano passado.
Também preveem os economistas dos principais bancos que, mais uma vez, o setor da agropecuária puxará o PIB brasileiro. Eles estimam que 2023 fechará com um PIB de 1,4%. Se não fosse o agronegócio, o PIB do trimestre ficaria em 0,5%, como dizem economistas da XP Investimentos citados pelo Infomoney, um site especializado em economia.
O PIB da agropecuária, só ele, deverá apontar um crescimento superior a 10% no primeiro trimestre deste ano. Os setores do comércio e dos serviços, por sua vez, deverão vir, também, com alta no PIB do primeiro trimestre.
Mas os mesmos economistas advertem que a atividade econômica dos próximos trimestres, principalmente as do setor industrial, será raquítica, tendo em vista a inadimplência das famílias, a redução do consumo e os juros altos.
Um indicador dessa tendência é o nível do desemprego, que ficou estável em 8,5% no trimestre encerrado em abril. No trimestre anterior, encerrado em janeiro, a taxa de desemprego foi de 8,8%.
Analistas do mercado estão otimistas, apontando como boas as perspectivas de crescimento mais forte da economia da China ao longo do ano, o que incrementará as exportações de commodities brasileiras para o mercado chinês, principalmente de soja.
Mas há também perspectivas negativas, como a possibilidade de desaceleração da economia dos Estados Unidos e da Europa, onde já se anotam sinais de recessão no próximo ano.
Neste momento, porém, a economia norte-americana segue aquecida, e prova disto são os dados do desemprego, que seguem muito baixos, e os da inflação, que se mantém renitente, obrigando o Federal Reserve, o Banco Central de lá, a provavelmente subir de novo os juros em 0,25%.
O FED voltará a reunir-se nos dias 20 e 21 deste mês, exatamente nos mesmos dias em que se reunirá, também, o Comitê de Política Monetária, o Copom do Banco Central do Brasil.
Uma boa notícia chegou de Washington na noite de ontem: a Câmara dos Representantes aprovou o acordo celebrado pelo presidente democrata Joe Biden com o líder dos republicanos Kevin McCharty, aumentando o teto da dívida dos Estados Unidos, que hoje é de US$ 31,5 trilhões. Agora, o acordo será apreciado pelo Senado, que deverá aprová-lo nas próximas 48 horas.
Por causa disto, as bolsas da Ásia fecharam esta quinta-feira em alta. As da Europa abriram os negócios hoje também em alta. Refletindo a boa notícia procedente dos EUA.
Por sua vez, a Bolsa brasileira B3 fechou em queda de 0,58%, aos 108.335 pontos. O dólar subiu bem e fechou o dia cotado a R$ 5,07, com alta de 0,50%.
Aqui no Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória que alterou a estrutura dos ministérios. Foram 337 votos a favor, que custaram FR$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares, dinheiro liberado por ordem do presidente Lula exatamente para garantir a aprovação da proposta. Agora, essa PEC será apreciada pelo Senado, que tem até a meia noite de hoje para aprova-la, sob pena de ela caducar, ou seja, perder sua validade.
Resumo da ópera: os deputados federais continuam fazendo o que sempre fizeram – a trocando voto por verba.