Em mensagem a esta coluna, a Petrobras informa:
No ano em que o Brasil celebrará 50 anos da descoberta da Bacia de Campos, berço da produção nacional de petróleo em águas profundas, a Petrobras receberá, pela quinta vez, o principal prêmio da indústria global offshore: o OTC Distinguished Achievement Award 2024, considerado o Oscar do setor.
Anunciado pela OTC (Offshore Technology Conference) nesta quinta-feira, 25, o prêmio reconhece a contribuição do Programa de Renovação da Bacia de Campos para a indústria mundial, com destaque para a revitalização do campo de Marlim, que impulsionou o desenvolvimento de um conjunto de tecnologias pioneiras para campos maduros em águas profundas. Esse avanço permitiu, em Marlim, a redução de 55% das emissões de gases de efeito estufa do escopo 1 (resultantes das operações da própria companhia).
“O prêmio OTC consagra a competência do Brasil em tecnologias para águas profundas e evidencia o avanço da Petrobras na descarbonização de suas operações. É a vitória da criatividade e da ousadia de nossos profissionais, reconhecidos mundialmente por sua capacidade técnica, deixando um verdadeiro legado de conhecimento e soluções inovadoras para o setor”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
"Ao mesmo tempo, demonstra a longevidade dos benefícios decorrentes de investimentos feitos meio século atrás" completou o executivo.
A renovação da Bacia de Campos integra o maior programa mundial de recuperação de ativos maduros em águas profundas. Com 49 anos de descoberta e 46 de produção, a bacia segue produtiva e estratégica para o país. Para se ter ideia, o programa adicionou, em dezembro de 2023, mais de 230 mil barris por dia (bpd) à produção brasileira.
Esse resultado foi alcançado com a entrada em produção, em 2023, de duas novas plataformas no campo de Marlim - os FPSOs Anita Garibaldi e Anna Nery -, além da perfuração de 45 novos poços desde 2020 nos demais campos da Bacia de Campos. FPSO é a sigla para unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo.
A renovação da Bacia de Campos segue em ritmo acelerado. A próxima unidade programada para entrar em operação é o FPSO Maria Quitéria, em 2025, no campo de Jubarte, na porção capixaba da bacia. Além disso, estão em fase de contratação dois novos FPSOs: um para o campo de Albacora e outro para os campos de Barracuda e Caratinga.
Em paralelo, a Petrobras segue com a perfuração de novos poços na região, com os trabalhos de extensão de vida útil da infraestrutura existente, assim como continua com os estudos para possíveis novas unidades de produção em diversos campos da bacia, tais como Albacora, Marlim Sul, Marlim Leste, Jubarte e Roncador. Além disso, a companhia prossegue com os estudos exploratórios para as áreas de Norte de Brava e Água Marinha.
A revitalização da Bacia de Campos impulsionou o desenvolvimento de uma série de soluções tecnológicas inovadoras nos segmentos de construção de poços, equipamentos submarinos e sistema de superfície. Essas inovações permitiram não só a redução de emissões, como também a redução significativa de custos e aumento da segurança nas operações.
Uma das tecnologias pioneiras foi uma solução inédita adotada para a construção de poços no pós-sal, patenteada pela Petrobras: o chamado TOT-3P (em que a perfuração do poço é obtida em três fases). O novo conceito consiste em uma configuração de poço mais otimizada e simplificada, permitindo redução de 49% no tempo de construção de poços (de 110 para 56 dias), além de diminuir em cerca de 50% os custos operacionais e as emissões de CO2 nas atividades de construção de poços.
Além disso, a Petrobras adotou um novo modelo de padronização de dutos flexíveis, definindo o conjunto completo de condições técnicas para o projeto das linhas a fim de atender aos diversos cenários de projetos. Esse novo conceito buscou reduzir a variabilidade de tipos de dutos flexíveis e, consequentemente, os prazos para as atividades de engenharia, contratação e fornecimento.
Em paralelo, com a utilização de novos métodos e tecnologias, a Petrobras conseguiu aumentar a vida útil e a reutilização dos dutos flexíveis e das chamadas “árvores de natal molhadas”, com o consequente aumento da economicidade e redução de emissões de gases de efeito estufa dos projetos. A Petrobras contribuiu para incorporar esse conhecimento em normativos atuais e futuros da indústria offshore - em mais um reconhecimento ao pioneirismo da companhia.
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