Para Carlos Prado, vice da Fiec, AcelorMittall viabilizará aços planos

Na opinião do fundador da Itaueira e da Cemag, o Ceará tem agora mais um motivo para atrair indústrias consumidoras de aço.

Legenda: A usina da CSP no Pecém (foto) está sendo vendida à francesa Acelor Mittal
Foto: CSP / Divulgação

Primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e fundador da Itaueira Agropecuária e da Ceará Máquinas Agrícolas (Cemag), o empresário Carlos Prado celebra a chegada ao Ceará da gigante francesa AcelorMittal, que está comprando por US$ 2,2 bilhões (R$ 11,44 bilhões ao câmbio desta quarta-feira, 28) a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). 

“A vinda para cá da AcelorMittal para o Ceará é uma valiosa conquista. Líder mundial na industrialização do aço, com 190 mil empregados, 16 mil dos quais no Brasil, ela investe muito em pesquisa, possuindo um quadro de 1.300 pesquisadores. A AcelorMittal tem plantas industriais em seis estados brasileiros, produzindo 12,5 milhões de toneladas de aço por ano”, disse Carlos Prado à coluna.

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Ele acrescentou que, como a AcelorMittal também atua nas áreas de energia e mineração, “ela é muito bem-vinda aqui no momento em que o Ceará se viabiliza como um dos principais polos para a produção de energia renovável e Hidrogênio Verde, ao mesmo tempo em que dá os primeiros passos para a exploração de suas riquezs minerais, contando com a Ferrovia Transnordestina, em fase avançada de construção”.

Na opinião de Carlos Prado, “já podemos pensar na produção de aços planos, uma especialidade da AcelorMittal, uma vez que a CSP, por enquanto, fabrica apenas as placas de aço”.

Concluindo, Carlos Prado afirmou:

“O Ceará terá mais um grande motivo para atrair indústrias consumidoras de aço. Os céus estão conspirado a favor do Ceará”.

Joint venture integrada pela brasileira Vale, com 50% do seu capital, e pelas coreanas Dongkuk (30%) e Posco (20%), a CSP prometeu, logo no evento de sua inauguração, instalar uma unidade de laminação, que prroduziria aço para a indústria auombilística e da chamada linha branca (regrigeradores, foigões etc), promessa que não se concretizou.

A chegada aqui dos franceses da AcelorMittal abre uma grande expectativa em torno, principalmente, da possibilidade de que ela invista em um projeto de produção de hidrogênio verde ede geração de energias renováveis, tirando proveito dos bancos de ventos e do índice de insolaçao do Ceará, que estão entre os maiores do mundo.