No Litoral, estão os mais caros (e lotados) hotéis do Ceará
Nas praias do Leste e do Oeste do estado, incluindo Fortim, Preá, Flexeiras e Jericoacoara, as diárias chegam a R$ 3 mil

Os mais caros hotéis do Ceará não estão em Fortaleza, onde a diária de um cinco estrelas é de R$ 1,3 mil. Ao longo de todo o Litoral cearense – que se estende por quase 600 quilômetros, desde Icapuí até Chaval – eles se concentram, principalmente, em Aracati e Fortim, no Lado Leste, e em Flexeiras, Praia do Preá (no município de Cruz) e Jericoacoara (no município de Jijoca de Jericoacoara), no lado Oeste.
Nesses paraísos turísticos abrigados sob o sol cearense, as diárias dos hotéis chegam a R$ 3 mil. Alguns oferecem o conforto e o luxo exigidos, mas, com certeza, têm no preço de suas diárias um critério claramente seletivo, do ponto de vista social.
Detalhe: não são muitos os empresários cearenses que investiram na construção desses concorridíssimos hotéis, que vivem lotados de estrangeiros de países dos cinco continentes e de brasileiros, também de alta renda, procedentes, principalmente, do Sul, do Sudeste e do Centro Oeste, os quais aceitam – sem franzir a testa e sem contestação – tão cara hospedagem.
A oferta de quartos da hotelaria de Fortaleza reduziu-se nos últimos cinco anos, mas expandiu-se no mesmo período nas cidades litorâneas, onde, ao mesmo tempo, cresceram e seguem crescendo os modernos e sofisticados condomínios residenciais horizontais, de que são exemplo os mais recentes implantados na bela Praia de Fortim, onde o rio Jaguaribe tem sua foz, em cujas águas lanchas poderosas navegam, transportando a felicidade dos que a elegeram para seu repouso nos fins de semana.
Essa expansão foi possível porque o Poder Público investiu na duplicação de duas rodovias, em cujos projetos ele enxergou, em primeiro lugar, o interesse econômico, vindo depois o interesse social e cultural. Com efeito, a duplicada CE-085, que liga Caucaia a Camocim, tem dupla finalidade: tornar mais fácil o acesso de ônibus e carros de passeio ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (diariamente, uma frota de 120 ônibus leva e traz milhares de funcionários da usina siderúrgica da ArcelorMittal) e, também, às maravilhosas praias localizadas ao longo do seu percurso.
Por sua vez, a também duplicada CE-040 – que vai de Fortaleza até Aracati – é o caminho de ir-e-vir das praias do Leste do estado, entre elas Icapuí, Canoa Quebrada, Morro Branco, Caponga e Prainha.
É preciso deixar claro que a hotelaria é um setor da atividade econômica empregador intensivo de mão de obra, tanto na construção dos hotéis quanto, principalmente, na sua operação. E será no Litoral Oeste do Ceará, mais precisamente na Praia da Pedra Rachada, em Paracuru, como esta coluna divulgou ontem, que o cearense José Hugo Machado – que tem cidadania portuguesa e um hotel em Lisboa, outro em Fortaleza e mais outro em S, Luís (MA) – edificará uma nova unidade de sua rede Luzeiros. Por que em Paracuru?
Machado responde de bate-pronto com a informação de que o turista nacional ou estrangeiro em férias quer, hoje, colocar o pé na areia da praia. E essa vontade torna-se mais acendrada quando esse turista descobre que há hotéis na beira do mar, e no Ceará esses equipamentos têm-se multiplicado na velocidade do frevo. Os já existentes registram alto índice de ocupação. José Hugo Machado quer fazer parte desse time hoteleiro praiano, para o que investirá no seu novo projeto.
ALÔ, PMF! A PODAÇÃO DAS ÁRVORES ESTÁ EM FÉRIAS?
Na rua Tibúrcio Cavalcante, entre a Av. Santos Dumont e a Av. Antônio Sales, as árvores impedem a visão dos semáforos, e este é um problema que já causou acidentes: o motorista só enxerga o sinal luminoso no último segundo.
Mas há algo pior e mais perigoso: na rua Joaquim Nabuco, entre a Afonso Celso e a Torres Câmara, uma árvore gigante, plantada diante de um edifício residencial, está ameaçando desabar. Se isto vier a acontecer – e os ventos de maio estão vindo – haverá uma tragédia. No ano passado, houve uma tentativa de cortá-la e substituí-la por outra, mas uma “casa de marimbondos” expulsou, literalmente, os funcionários da PMF que fariam o serviço. É hora de tentar de novo, antes que aconteça o pior.
No mesmo endereço, defronte ao prédio número 1440, um poste que sustenta a fiação das empresas de telecomunicação (as provedoras de internet) teve sua base deteriorada pela intempérie e ameaça ruir. Moradores apelam à Claro, à Vivo, à Brisanet e às suas concorrentes para que se juntem e, na base da vaquinha, troquem o poste danificado por um novo.
Outra lembrança desta coluna na área do serviço público: está pronta há seis meses a unidade do Corpo de Bombeiros construída na rua Tibúrcio Cavalcante, no mesmo endereço onde desmoronou o edifício Andrea, matando vários dos seus moradores.
A nova unidade está toda pintada, bonita e limpa, mas sem nenhum equipamento em sua garagem. Mas há um vigia pastoreando o imóvel. A obra é do governo estadual.
Veja também