Nada de picanha. Haddad promete filé mignon ao brasileiro

Em entrevistas à Globonews, ministro da Fazenda mostra otimismo, anuncia 2024 com déficit de 0,1% e PIB de 3,6%. Mercado gostou: Bolsa subiu, dólar caiu. E as ações do Hapvida dispararam no pregão de ontem

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(Atualizado às 05:55)
Legenda: Os preços dos alimentos estão sendo monitorados pelo ministério da Agricultura, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Foto: Fabiane de Paula / SVM

Mais um dia positivo no mercado financeiro. Ontem, a Bolsa de Valores teve nova alta de 0,95%, enquanto o dólar teve nova baixa, fechando o dia cotado a R$ 6,10.

A alta da Bovespa foi motivada por uma entrevista que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu ontem à tarde à Globonews, durante a qual ele disse o seguinte:

“Poderemos chegar bem a 2026, espero que comendo até filé mignon”, o que demonstra o otimismo do governo em relação ao controle das contas públicas. A resposta do ministro foi dada em resposta a uma pergunta sobre se o governo cumpriria a promessa de colocar picanha na refeição do brasileiro mais pobre, como disse e repetiu o presidente Lula na campanha eleitoral.

Segundo Haddad o exercício de 2004 deve ter fechado com déficit de 0,1% do PIB e com um PIB de 3,6%. Ele disse, ainda, que o dólar vai acomodar-se e que o governo está atento à inflação dos alimentos, para o que o ministério da Agricultura adota providências no sentido de acomodar os preços em patamar menor.

O mercado gostou do que disse Fernando Haddad e o pregão da Bolsa, que vinha quase na estabilidade, deu um salto para cima e fechou em alta de quase 1%.

E as ações que mais se valorizaram foram as do Grupo cearense Hapvida, dono do maior plano de saúde do Brasil. Os papeis do Hapvida subiram 9,17%, liderando o pregão de ontem da Bovespa.

Parece que o otimismo voltou ao mercado financeiro, e isto é bom. Mas será preciso passar da teoria à prática para que tudo aconteça com o ministro Haddad anunciou em sua entrevista à Globonews.

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