Há duas lideranças empresariais que hoje se destacam na relação da iniciativa privada com o poder público no Ceará: a do presidente da Federação das Indústrias (Fiec), Ricardo Cavalcante, e a do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faec), Amílcar Silveira.
São personalidades distintas, mas ambas ligadas ao mesmo compromisso de tornar viável o projeto de desenvolvimento econômico, social e – por que não dizer? – moral deste estado.
Sob a liderança da Fiec, está hoje o empresariado industrial mobilizado em duas frentes: a do Hub do Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém, em parceria com o governo estadual e com a UFC, e a do Centro de Excelência do Senai que capacitará e qualificará a mão de obra a ser utilizada pelas empresas que produzirão o Hidrogênio Verde e gerarão energias renováveis, entre elas a eólica offshore (dentro do mar).
O projeto do Hub do H2V foi concebido na Fiec, desenvolvido pela inteligência da UFC e imediatamente apoiado pelo governo do Estado, que atraiu mais de duas dezenas de empresas – a maioria estrangeiras – com as quais celebrou Memorandos de Entendimento, sendo que quatro delas já têm pré-contrato com o Complexo do Pecém, do qual faz parte a reserva de espaços na geografia da Zona de Processamento de Exportação, a ZPE Ceará.
A liderança de Ricardo Cavalcante é tão visível, que ele já é uma referência no universo nacional da indústria, tanto é assim que integra a segunda vice-presidência executiva da chapa única que, em maio, será eleita para dirigir a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O presidente da Fiec passará a ser o segundo na linha de sucessão da principal entidade empresarial do setor industrial do país.
Por sua vez, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, um produtor rural com fazenda de produção em Quixadá, tirou do anonimato uma entidade que, até sua posse, parecia não existir.
Hoje, a Faec é, neste momento, o principal e único canal de ação e voz de quem trabalha e produz no campo. Silveira, desde que assumiu o comando da Faec, tem dito e repetido que sua tarefa é uma só: “Defender o produtor rural, em qualquer circunstância e contra quem quer que seja”.
A Faec, sob sua firme liderança, atua em várias frentes – desde a mediação de conflitos entre pecuaristas e industriais do leite até o encaminhamento de questões que envolvem os mesmos personagens da pecuária e a Enel, distribuidora de energia elétrica na geografia cearense. Detalhe: Amílcar Silveira está sempre presente, pessoalmente, a essas reuniões, buscando a solução das questões.
Vai além a Faec: em estreito entendimento com a Secretaria Executiva do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) do Governo do Estado, ela empresta seu apoio ao projeto de instalação de um Centro de Excelência em Tecnologia de Culturas Protegidas no Cariri (em Barbalha) e na Ibiapaba (em lugar a ser escolhido). Amílcar Silveira não tem dúvida de que o Ceará, no curto prazo, será o maior produtor e exportador de hortaliças do Nordeste, graças ao cultivo sob estufas e telas, tecnologia que ele conheceu em detalhes, na teoria e prática, em recente viagem à Holanda.
Há mais: a Faec investe, agora, no esforço de replicar em vários municípios do Ceará a escola modelo que o fruticultor Fábio Régis instalou e mantém em seu Sítio Barreiras, em Missão Velha, onde produz bananas para o Brasil.
“Trata-se de uma escola que aplica o melhor e mais moderno método de ensino para as crianças da zona rural, e é essa experiência educacional já exitosa que estamos levando para diferentes regiões do Ceará”, diz o presidente da Faec, abrindo um largo sorriso.
A indústria e a agropecuária do Ceará irmanaram-se graças às suas atuais lideranças e, mais do que isto, ao novo estilo de gestão que Ricardo Cavalcante e Amílcar Silveira impuseram à Fiec e a Faec. Um estilo aceito por todo o conjunto dos sindicatos que integram as duas entidades.
São novos tempos que os setores mais dinâmicos da economia do estado atravessam. E isto é bom.