Missão técnica da africana Benin vê cajucultura do Ceará

O Benin produz hoje mais de 200 mil toneladas de castanha de caju, das quais 80% são beneficiados na Índia e no Vietnã. A indústria cearense pode ser parceira dos agricanos

Legenda: Os técnicos do Benin posam com o consultor internacional Altair Maia, que os guia em sua visita ao Ceará
Foto: Divulgação

Está em visita ao Ceara uma missão técnica da África, mais especificamente do Benin.

O grupo é integrado por técnicos de alto nível ligados ao setor agrícola daquele país, com foco na cadeia produtiva do caju, em busca de parceria com empresários e organismos públicos do Ceará desse setor que é básico para a economia do Nordeste.

Os patrocinadores da viagem são a TechnoServe, empresa norte-americana para o fomento de atividades produtivas nos países em desenvolvimento, que atua em 29 países (principalmente na  África), e a Benin Caju, que é um projeto implantado pela TechnoServe no Benin. 

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O pequeno Benin – cuja área é de 114 mil km² -- produz atualmente mais de 200 mil toneladas de castanha de caju.

O beneficiamento da produção é inferior a 20% da produção nacional de caju, e todo o restante dessa rica matéria prima é exportada, in natura, para a Asia, principalmente para a Índia e o Vietnam, onde é processada e exportada para a Europa e os Estados Unidos, tornando-se concorrentes da castanha brasileira, nos nossos principais mercados.

Na agenda dos africanos de Benin -- que são guiados aqui pelo consultore internacional Altair Maia -- constam reuniões com o presidente e diretores da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Senai, Sebrae, Fiec e Embrapa e com empresas processadoras de castanha e polpa de caju.

O grupo fará, ainda, uma visita ao Porto do Pecém, que é similar ao Porto do Cotonou, um dos principais da Costa Oeste da África.