Secretário Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Governo do Ceará, o engenheiro agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro passou esta semana em reuniões na Agrishow, a maior feira latino-americana da agropecuária.
É um evento que, sempre nesta época do ano, ao longo de uma semana, na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, exibe o que de mais moderno e de mais avançado existe na indústria e na tecnologia voltados para o setor que, digamos assim, leva o país nas costas, sendo o responsável direto pelo superávit da balança comercial do Brasil.
Resumindo, a Agrishow é uma exposição de máquinas e equipamentos de última geração criados e desenvolvidos para manter o agro brasileiro na sua posição de líder mundial do setor.
Para que se tenha uma ideia do que é a Agrishow, Sílvio Carlos Ribeiro manda dizer à coluna, diretamente de Ribeirão Preto, que a feira ocupa uma área (quase 100% a céu aberto) de 520 mil metros quadrados, onde mais de 800 empresas nacionais e estrangeiras expõem seus produtos.
Quase 200 mil pessoas visitam e percorrem a Agrishow durante sua realização.
“Neste ano, a Agrishow expôs um agro em ascensão”, disse o secretário a esta coluna.
Ele informou que a feira mostrou estandes de gigantes da indústria que produzem para o agro, como a John Deere, a Case e a Marsey Fergunson, cujos estandes exibram “máquinas agrícolas com alta tecnologia embarcada, algumas custando mais de R$ 5 milhões”.
Mas Sílvio Carlos Ribeiro fez questão de citar a cearense Cemag (Ceará Máquinas Agrícolas), fundada e dirigida pelo empresário Carlos Prado, que também fundou a Itaueira Agropecuária, hoje dirigida pelos seus filhos.
“A Cemag, que há vários anos participa da Agrishow e está celebrando 50 anos de exitosa atividade, instalou um grande e, tecnologicamente, moderno estande, onde expôs o que fabrica – equipamentos agrícolas. Isso nos enche de orgulho, mesmo porque a Cemag é uma das indústrias do agro cujos produtos estão espalhados, hoje, por todo o país em fazendas de criação de gado bovino, equino, ovino e caprino, de produção de frutas e hortaliças e até de grãos e fibras”, como disse o executivo.
Ontem, o secretário Sílvio Carlos Ribeiro participou, na Agrishow, da reunião da Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), uma das organizadoras do evento.
Ele também se reuniu com empresas que estão interessadas em produzir no Ceará e com outras que já produzem no estado e buscam expandir sua atuação, como é o caso da Trebeschi, maior empresa brasileira produtora e comercializadora de tomates.
O CEO da Trebeschi, empresário Edson Trebeschi, conversou com o secretário do Agronegócio do Governo do Ceará sobre sua intenção de investir em um projeto de Cultura Protegida na região do Cariri.
Neste momento, a Trebeschi já produz – e vende para todo o Nordeste e o Norte do país – tomates em sua fazenda localizada em Ubajara, na Chapada da Ibiapaba.
Esta coluna pode informar que a Trebeschi quer implantar, no Sul cearense, um grande projeto de horticultura protegida, ou seja, instalada sob estufas, do mesmo jeito que já o faz, com 100% de sucesso, na região da Ibiapaba.
Como se observa, o futuro da horticultura cearense é muito promissor. Para antecipar esse futuro, está chegando a universidade holandesa de Wageningen, com a qual o governo do Ceará celebrou contrato para a construção de um Centro de Excelência em Tecnologias de Cultivo Protegido, que será instalado na zona rural do município de Barbalha, na mesma área onde funcionou uma usina de açúcar na região.
O projeto arquitetônico está pronto, e a licitação para a execução das obras civis já foi feita.
Então, aguardemos o que está por vir.