Missão alemã ocupará Fiec no dia 6 para tratar de Hidrogênio Verde

Empresários, técnicos e autoridades do estado da Renania do Norte-Wesfalia terão reunião com o presidente da Federação das Indústrias do Ceará, Ricardo Cavalcante, e seus assessores e conhecerão o Complexo do Pecém

Legenda: Os alemães do estado do Norte Renania-Westfalia querem conhecer o potencial do Ceará para produção e exportação do Hidrogênio Verde
Foto: Shutterstock

Na próxima segunda-feira, 6, a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) será ocupada por uma grande delegação de empresários, técnicos e autoridades do governo do estado alemão da Renânia do Norte-Westfália (NRW), que virão com o objetivo de “mergulhar profundamente no promissor mercado de energias renováveis brasileiro e desvendar seu verdadeiro potencial”, como assinala o comunicado enviado a esta coluna pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. 

A missão -- que também irá ao Rio de Janeiro -- tentará “atrair empresas alemãs que desejam conhecer de perto a infraestrutura tecnológica, logística de importação e exportação de hidrogênio verde, e compreender como podem maximizar as oportunidades nessa nova era de sustentabilidade”.

Além da reunião na Casa da Indústria, onde serão recebidos pelo seu presidente, Ricardo Cavalcante, os alemães visitarão o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, em cuja geografia será instalado o Hub do H2V do Ceará, projeto do Governo do Estado em parceria com a Fiec e a Universidade Federal (UFC).

De acordo com o comunicado que o governo da NRW encaminhou às empresas alemães com atuação no Brasil, ao qual a coluna teve acesso, o estado da Renânia Norte-Westfália deseja tornar-se a primeira área industrial europeia com impacto neutro. Para alcançar esse objetivo, a NRW “desenvolveu estratégias ambiciosas”, como a expansão das energias renováveis e o desenvolvimento de uma economia do hidrogênio.
 
Em muitas áreas – acentua o comunicado – as emissões de CO2 já podem ser evitadas por meio da utilização direta de energias renováveis. Há, porém, situações em que isso não é tecnicamente possível ou economicamente viável.

“Portanto, o hidrogênio e os gases sintéticos ou combustíveis líquidos desempenham um papel crucial. Serão necessárias grandes quantidades futuras de hidrogênio, especialmente nas indústrias com a utilização intensiva de energia, seja como portador de energia para processos de altas temperaturas ou como matéria-prima para indústrias siderúrgicas e químicas”, diz o comunicado da NRW.

Ele acrescenta: 

“Mas outros setores, como a mobilidade, a energia e o calor, também dependem cada vez mais de aplicações baseadas em hidrogênio. O Ministério dos Assuntos Econômicos e da Proteção Climática da Renânia do Norte-Wasfália desenvolveu um roteiro de hidrogênio para o estado. Este roteiro mostra objetivos e passos rumo a um futuro baseado no hidrogênio e centra-se na construção de fábricas de grande escala na indústria, na expansão de eletrolisadores em escala de gigawatts e a conversão de frotas de veículos para hidrogênio.
 
“Contudo, a Renânia do Norte-Westfália não conseguirá cobrir as suas próprias necessidades, ficando dependente das importações. O fornecimento confiável e estável de hidrogênio e seus derivados, como amônia e metanol, é de grande importância para tornar a localização industrial e empresarial adequada ao futuro”, diz o comunicado.

Numa mensagem direta aos interlocutores cearenses que sentarão com os alemães na próxima segunda-feira na Fiec, o comunicado avança: 

“A NRW oferece uma ampla gama de empresas de tecnologia invovadora do Hidrogênio. Mergulhe nos perfis da delegação empresarial da Renânia do Norte-Westfalia e conheça mais sobre seu know-how e ecelentes produtos – os melhores pré-requisitos para discussões construtivas e bem sucedidas. Juntos podemos construir a ‘ponte do hidrogênio’ entre a Renania do Norte-Westfalia e o Brasil”.

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