Luiz Girão, fundador da Betânia Lácteos, também quer concorrência

"Quanto mais cabra, mais cabrito", disse Girão a esta coluna. Na sua opinião, que coincide com a do presidente da Faec, Amílcar Silveira, a concorrência será boa para o produtor, para o industrial e para o consumidor final.

Legenda: Para dobrar, em cinco anos, a produção cearense de leite, a Faec trabalha para atrair mais indústrias de beneficiamento para o Ceará
Foto: Diário do Nordeste

Luiz Girão, fundador do grupo cearense Betânia Lácteos, concorda com a opinião do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Amilcar Silveira, para quem é necessário que a maior empresa de lacticínios do Nordeste tenha concorrentes no mercado.  

Ontem, esta coluna revelou, com exclusividade, que o presidente da Faec mantém contatos com sócios e executivos da empresa mineira Laticínios Porto Velho, controlada por capitais suíços, que processa, diariamente, 1,2 milhão de litros de leite em cinco unidades de beneficiamento -- três em Minas Gerais, uma no Espírito Santo e outra no Rio de Janeiro. 

Amílcar Silveira disse a esta coluna que faz parte do plano estratégico da Faec trabalhar para que o Ceará dobre, em cinco anos, sua atual produção leiteira, para o que a única planta industrial de beneficiamento – a da Betânia Lácteos, líder do mercado de laticínios da região Nordeste – tenha uma ou mais concorrentes. 

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“Quanto mais cabra, mais cabrito”, disse Luiz Girão ao comentar sobre as opiniões do presidente da Faec. 

Girão, fundador da Betânia e um dos três maiores produtores de leite do Ceará, concorda com a posição de Amílcar Silveira e considera que a chegada aqui de outra indústria de laticínios criará um salutar mercado concorrencial, algo bom para todas as partes, principalmente para o produtor e para o consumidor final.   

Amílcar Silveira tem agendada uma reunião com os sócios e diretores de outra grande e famosa indústria de lácteos, a goiana Piracanjuba, que igualmente será convidada a instalar-se no Ceará, que, na opinião do presidente da Faec, “tem uma expertise, a de produzir leite”.  

Luiz Girão considera que o mercado de lácteos do Ceará ganhará uma “nova dinâmica” a partir do momento em que houver a presença de outras indústrias de beneficiamento de leite, o que resultará em melhor remuneração para o produtor e para o industrial, e melhor preço para o consumidor final.