Exclusivo! Faec quer atrair concorrente para Betânia

Amílcar Silveira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), está em Minas Gerais onde conversa com sócios e diretores da Laticínios Porto Velho. E já busca a Piracanjuba, E mais: 1) Energo celebra 15 anos de atividade; 2) Olho na China

Legenda: Plano estratégico da Faec pretende dobrar produção leiteira do Ceará nos próximos cinco anos
Foto: Diário do Nordeste

Exclusivo! O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, está em Ponte Nova, uma cidade de Minas Gerais, onde desde ontem mantém conversas com sócios e diretores da Laticínios Porto Alegre, que beneficia, diariamente, 1,2 milhão de litros de leite, com cinco unidades industriais – três no território mineiro, uma no Espírito Santo e outra no Rio de Janeiro. 

“Estamos tentando convencer a Laticínios Porto Velho a investir no Ceará. Trata-se de uma empresa muito bem organizada, controlada por capital suíço, cujos sócios e executivos têm uma meta: dobrar de tamanho a cada cinco anos. Nós os convidamos a conhecer o Ceará e, principalmente, a nossa expertise, que é produzir leite. O Conselho de Administração da Porto Velho decidirá, em sua próxima reunião, sobre nosso convite”, disse na manhã desta quinta-feira, 18, o presidente da Faec, em conversa com esta coluna. 

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Mas o esforço de Amílcar Silveira para atrair para cá uma nova indústria de laticínios não se restringe à Porto Velho.  

No seu radar está a famosa Piracanjuba, uma indústria de lacticínios do município goiano de mesmo nome, onde o presidente da Faec tem reunião marcada com seus sócios e diretores.   

Por que atrair para o Ceará uma indústria de laticínios, se o estado já tem a maior fabricante de lácteos do Nordeste, a Betânia?  

Amílcar Silveira respondeu nos termos a seguir: 

“Temos um plano estratégico que pretende dobrar a atual produção de leite do Ceará, nos próximos cinco anos. Para isso, é necessário que o setor industrial seja concorrencial, ou seja, ele não pode ser controlado por uma única empresa. Isso será bom para a Betânia, será bom para os produtores e melhor ainda para a saúde da pecuária cearense. Para que se tenha uma ideia de como a concorrência é salutar, basta informar que a Laticínios Porto Velho está pagando entre R$ 3 e R$ 4 pelo litro de leite adquirido do produtor, um preço justo estipulado pelo mercado concorrencial. É necessária, pois, uma concorrência no mercado produtor cearense de leite. O que vi aqui em Minas Gerais é que os fornecedores da Porto Alegre estão muito satisfeitos com sua relação com ela, e é isto o que desejamos, também, para o Ceará”. 

Amílcar Silveira concluiu assim: 

“Este é o movimento que estamos fazendo e vamos fazer até que consigamos levar uma nova indústria de lácteos para o Ceará”. 

CEARESE ENERGO CELEBRA 15 ANOS DE ATIVIDADES  

Fundada em 2007 pelo engenheiro Adão Linhares, um especialista em energia, a Energo – empresa cearense que atua no setor desde a etapa do projeto e instalação até o acompanhamento, operação e manutenção da planta de geração de energia – celebrará amanhã, sexta-feira, 19, seus primeiros 15 anos de vida.  

E com uma carteira respeitável para uma empresa tão jovem: 2 GW de potência instalados em cinco estados brasileiros, incluindo, naturalmente, o Ceará.  

Sua equipe técnica, que hoje conta com 22 engenheiros, “tem uma missão: realizar projetos de engenharia que rompam os paradigmas da matriz energética nacional, com soluções em energias renováveis; uma visão: ser referência nacional em soluções energéticas com sustentabilidade e excelência; e valores: prezar pela satisfação, pelo bom convívio e pela transparência com nossos clientes e parceiros a longo prazo”, como lembra Adão Linhares, que, afastado das funções executivas da Energo, integra o Conselho da empresa.  

Para celebrar a data, a direção da Energo reunirá amanhã clientes, parceiros e amigos em um “happy hour” no Salão Blue Night, na cobertura do Hotel Gran Marquise.  

A BOLSA, O DÓLAR, A CHINA 

E a Bolsa de Valores do Brasil, a B3, fechou ontem em Leve alta de 0,17%, aos 113.707 pontos. O dólar fechou cotado a R$ 5,17, com alta de 1,49%.  

Nos EUA, as bolsas norte-americanas fecharam em baixa. A Nasdaq, que é a bolsa das empresas de tecnologia, caiu 1,25%. 

Hoje, quinta-feira, 18, as bolsas de valores da Ásia fecharam em baixa, repercutindo as informações sobre a queda de 70% nas vendas de imóveis de uma das grandes imobiliárias da China, onde outra gigante, a Tencent, líDer da área de tecnologia, reportou um recuo em suas receitas, o que pela primeira vez acontece desde que ela entrou na Bolsa de Hong Kong. 

Para agravar o cenário, o Banco norte-americano Goldman Sachs rebaixou a perspectiva de crescimento da economia chinesa, mas, imediatamente depois desse anúncio, o governo da China anunciou um pacote de investimento de 229 milhões de euros em obras de infraestrutura no país, e é por isto que as bolsas eurpeias abriam em leve alta.