Junho teve deflação. No fim do ano, teremos a Reforma Tributária

Expectativa sobre a redução da taxa Selic: 0,25% ou 0,50%? Relator da Reforma Tributária, Eduardo Braga, diz que só em outubro a proposta será aprovada e devolvida à Câmara dos Deputados

Legenda: Segundo o IPCA do IBGE, o mês de junho teve deflação, isto é, queda dos preços
Foto: Fabiane de Paula

Foi divulgado ontem o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o índice oficial da inflação brasileira e que veio com uma boa notícia: em vez de inflação, o IPCA, elaborado pelo IBGE, veio com deflação de 0,08% em relação ao mês anterior de maio. Pou seja, os preços caíram no mês de junho.

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Porém, junto com essa boa notícia, veio uma ruim: a de que, no mesmo mês de junho, os preços dos vários segmentos do setor de serviços aumentaram 0,62%. No mês de maio, o serviço teve deflação de 0,06%, e é este setor um dos que mais chamam a atenção dos integrantes do Comitê de Política Monetária, o Copom, do Banco Central. 

Assim, os operadores da Bolsa de Valores e os economistas, que esperavam uma queda de 0,50% na taxa de juros Selic na próxima reunião de agosto do Copom, reduziram essa previsão para 0,25%, exatamente porque o coração da inflação do setor de serviço ainda bate forte. Mas mantiveram a expectativa de que, em setembro, o corte dos juros será de 0,50%. 

O relator da Reforma Tributária no Senado, o amazonense Eduardo Braga, do MDB, disse ontem que só no próximo mês de outubro é que a casa deverá votar o texto da proposta, que será modificado, o que o levará de volta à Câmara dos Deputados. 

Resumindo: só no fim deste ano é que o país conhecerá o texto final da Reforma Tributária. Até lá, ainda haverá muita especulação. 

Ontem, a Bolsa de Valores B3 fechou em baixa de 0,61%, aos 117.719 pontos. E o dólar encerrou o dia cotado a R$ 4,86, com alta de 0,45%. 

As ações do grupo cearense Hapvida valorizaram-se 3%.

Nos últimos dias, o preço internacional do petróleo subiu, e subiu bem.

No início da semana passada, ele estava por volta dos US$ 75 por barril. Hoje, quarta-feira, dia 12 de julho, o barril do petróleo está sendo negociado na Bolsa de Londres a US$ 79,34.

É resultado dos cortes na Arábia Saudita, que reduziu em 1,5 milhão de barris por dia sua produção, e da Rússia, que cortou sua produção diária em 600 mil barris.