Haddad aposta em queda da Selic em agosto. Bolsa sobe, dólar cai

Para o ministro da Fazenda, taxa básica de juros pode cair acima de 0,25%, como espera o mercado, que foi animado ontem por boas notícias vindas dos EUA e da China

Legenda: O ministro Fernando Haddad entende que o Copom do Banco Central pode reduzir a Selic acima de 0,25%, como prevê o mercado
Foto: Divulgação / Banco Central

Foi um dia positivo o de ontem, quinta-feira, 13, na Bolsa de Valores B3, que fechou o pregão com alta expressiva de 1,36%, aos 119.263 pontos.

O dólar, por sua vez, encerrou o dia cotado a R$ 4,79, com queda de 0,57%.

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A boa performance da bolsa brasileira foi motivada pelos novos dados da inflação nos Estados Unidos, que está cedendo, ao mesmo tempo em que a economia do país continua aquecida. 

Isto quer dizer que talvez o Federal Reserve, o Banco Central de lá, não precise aumentar os juros na sua reunião de agosto. Por causa disto mesmo, o dólar perdeu força no mercado internacional, e aqui no Brasil, também.

Também ajudou o desempenho da Bolsa B3 a notícia vinda da China, cujo governo reuniu-se com setores da tecnologia, com os quais acertaram medidas para o incremento do setor. 

Resultado: as bolsas chinesas registraram boa subida no dia de ontem, beneficiando, também, as commodities minerais, principalmente petróleo e minério de ferro.

As ações da Vale valorizaram-se 2,23%;.

As ações ordinárias da Petrobras, com direito a voto, ganharam 1,46%, enquanto as preferenciais subiram 1,58%.

O mercado financeiro também repercutiu positivamente novas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para quem não há mais dúvida de que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central reduzirá a taxa de juros Selic. A dúvida é de quanto será essa redução, o que será decidido na reunião de agosto do Copom.

Dessa reunião deverão participar os novos diretores do Banco Central, Gabriel Galípolo, que já assumiu a Diretoria de Política Monetária, e Ailton Aquino, que tomou posse da Diretoria de Fiscalização. 

Serão dois votos a favor da redução da taxa Selic, que desde agosto do ano passado mantém-se no patamar de 13,75%.

O ministro Fernando Haddad disse que há espaço para que a taxa Selic tenha um corte maior do que 0,25%, que o previsto pelo mercado. 

Haddad está confiante em que os dois novos diretores do Banco Central, que foram indicados por ele e aceitos pelo presidente Lula, levem para o Copom novos subsídios técnicos a respeito da taxa básica de juros da economia brasileira.

Então, aguardemos!