Guerra na Ucrânia antecipa expansão da usina da CSP

Produção da siderúrgica do Pecém será ampliada para atender à demanda mundial, reduzida por causa do conflito. E mais: Brisanet estará no Congresso de Provedores da Internet, em Fortaleza

Legenda: A produção anual da usina siderúrgica do Pecém é de 3 milhões e toneladas de placas de aço
Foto: Diário do Nordeste

São grandes e graves as consequências da guerra na Ucrânia para a economia mundial. Mas o Ceará está sendo beneficiado por ela.

O conflito – que começou quando a Rússia decidiu, unilateralmente, no dia 24 de fevereiro, sem nenhum motivo aparente, invadir a Ucrânia, um país livre, soberano, com governo eleito democraticamente pelo voto dos seus cidadãos – tem gerado, simultaneamente, trágicas estatísticas sociais e econômicas, mas também boas notícias para a indústria siderúrgica brasileira. 

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Por exemplo: a indústria do aço da Ucrânia já perdeu 50% de sua capacidade de produzir. Suas placas de aço eram, antes da guerra, exportadas para uma boa parte do mundo. Essa exportação foi suspensa por óbvios motivos. 

As duas maiores aciarias daquele país foram alvo de pesado bombardeio das tropas russas, sendo que a maior delas – a Azovstal, localizada na cidade de Mariupol, incluída entre as maiores plantas siderúrgicas da Europa – teve destruída grande parte de suas instalações. 

E o que isto tem a ver com o Ceará? Tem tudo a ver. 

Sem a concorrência dos ucranianos, a usina da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) está antecipando a execução do plano de expansão, que contempla a ampliação de sua produção anual, que é hoje de 3 milhões de toneladas de placas. 

A produção da usina da CSP é exportada para mais de 30 países, entre os quais os Estados Unidos e México, vários da Europa e outros da Ásia.
 
O secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Governo do Ceará, engenheiro Maia Júnior, já antecipara a esta coluna que o comando da CSP decidira pelo aumento de sua produção, tendo em vista o aumento da demanda mundial.

Agora, como consequência da guerra na Ucrânia, essa demanda foi alargada, razão por que a usina siderúrgica do Pecém acelera todas as etapas para ampliar sua capacidade de produção no mais curto espaço de tempo. 

Quando a guerra terminar, será necessário reconstruir a Ucrânia, o que, nas contas do presidente ucraniano Volodimir Zelensky, exigirá investimentos de, no mínimo, US$ 300 bilhões (algo como uma montanha de R$ 1,5 trilhão). 

 E exigirá, também, o consumo de muito aço. 

Líder das exportações do Estado e incluída entre as siderúrgicas mais modernas do mundo, a usina da CSP continuará, por um bom tempo ainda, tracionando a economia do Ceará, sendo ela, também, um modelo de referência de gestão empresarial. 

Inaugurada em abril de 2017, a usina da CSP começou a ser implantada em julho de 2012 no Pecém, atraída, entre outras coisas, pela infraestrutura portuária ao seu lado e pela sua equidistância dos portos dos Estados Unidos e da Europa e, também, pelo cardápio de incentivos fiscais oferecido pelo Governo do Ceará, cujos planos estratégicos a citam como ponto de referência.  

BRISANET NO CONGRESSO DE PROVEDORES A INTERNET

Informa a cearense Brisanet, maior empresa de telecom do Nordeste e uma das maiores do Brasil, com sede em Pereiro, no Leste do Ceará: 

A empresa participará, ativamente, do 11º Congresso RTI Provedores de Internet e do 13º Congresso RTI, eventos simultâneos que se realizarão nos próximos dias 27 e 28 no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. 

O CEO da Brisanet, José Roberto Nogueira, será um dos expositores do painel “Os desafios do 5G para os provedores regionais”, que ocorrerá no primeiro dia do Congresso. 

A exposição de José Roberto Nogueira está marcada para as 14h40. 

O evento contará com uma extensa programação voltada para o setor de telecomunicações.