Geólogos do Ceará apoiam exploração da mina de urânio de Itataia

A nota da entidade dos geólogos diz que este é um momento de destaque da mineração cearense que atua de forma organizada, sob as mais rigorosas regulamentações da legislação.

Legenda: Os geólogos cearense manifestaram seu apoio ao projeto de exploração da mina de Itataia
Foto: Kid Júnior
No mesmo instante em que entidades ligadas a partidos de esquerda, com apoio de grupos acadêmicos, erguem-se contra o projeto de exploração da mina de urânio fosfatado de Itataia, em Santa Quitéria, a Associação dos Geólogos do Ceará (APGCE) divulga nota de apoio ao empreendimento, que prevê investimento de US$ 400 milhões (R$ 2 bilhões) na implantação de um polo industrial para a produção de fertilizantes.
 

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Para os geólogos cearense, nste momento em que a guerra na Ucrânia interrompeu o fornecimento de fertilizantes ao Brasil, “reforça-se a importância da implantação desse projeto que com certeza terá impacto em setores econômicos de todo o país pelo aumento da produção de fertilizantes e suplementos na alimentação animal, podendo tornar o País autossuficiente nesses insumos”.
 
Assinada por sua presidente, Jérsica Lima Bezerra, eis, na íntegra, a nota da Associação dos Geólogos do Ceará:
 
“A Associação Profissional dos Geólogos do Ceará (APGCE) vem por meio desta apresentar apoio ao Projeto Santa Quitéria, localizado na Fazenda Itataia, uma área de 4.042 hectares onde será instalado um complexo minero-industrial destinado à produção de fertilizante fosfatado e concentrado de urânio, no município de Santa Quitéria/CE de interesse do Consórcio Santa Quitéria (Industria Nuclear do Brasil – INB e indústria de fertilizantes Galvani). 
 
"O projeto vai investir inicialmente U$ 400 milhões, prevê operação já em 2023, e deve gerar 2,5 mil empregos, dos quais 500 serão diretos.
 
"Neste momento em que, entre os reflexos da guerra da Rússia com a Ucrânia, se prevê o comprometimento no abastecimento de fertilizantes para o Brasil, reforça-se a importância da implantação desse projeto que, com certeza, terá impacto em setores econômicos de todo o país pelo aumento da produção de fertilizantes e suplementos na alimentação animal, podendo tornar o País autossuficiente nestes insumos. 
 
“As reservas lavráveis somam 8,88 milhões de toneladas de fosfato e 79.319 toneladas de urânio, além de 32 milhões de toneladas de calcário associado ao minério, além de conter mármore branco. A perspectiva é de que a produção anual de fosfato seja de 240 mil toneladas por ano (t/a), enquanto a de concentrado de urânio seja de 1.600 t/a.
 
“Esse é um projeto antigo que foi repaginado para fazer um melhor uso e reuso da água na região de Santa Quitéria e atender as demandas do órgão ambiental licenciador, no caso o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – Ibama – e da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN. O início da construção do complexo está previsto para 2022 e sua operação assistida, em 2024.
 
“Vemos neste Projeto Santa Quitéria um momento de destaque da mineração cearense que atua de forma organizada sob as mais rigorosas regulamentações previstas da legislação municipal, estadual e federal, e neste caso internacional. O estudo de impactos ambientais já foi aprovado e o relatório está sendo liberado da revisão ainda esse mês pelo Ibama.”