Funceme dá más notícias sobre chuvas em 2025

“A previsão probabilística aponta a categoria abaixo da normal como a mais provável com 45% de chance de ocorrer", diz a Funceme. Diante do prognóstico, o agricultor pergunta: "Planto ou não planto?"

Legenda: Previsão da Funceme reduziu para 45% chance de boas chuvas nos próximos dezembro, janeiro e fevereiro. O agricultor está em dúvida.
Foto: Theyse Viana

De acordo com o Sistema de Previsão Sazonal da Funceme, a previsão de chuvas para os próximos três meses (dezembro/2024 e janeiro-fevereiro/2025 - DJF) para o Ceará é de condições abaixo da normalidade, com anomalias negativas em todo o estado do Ceará.  

Uma previsão semelhante à do ano passado, e que não se cumpriu pois a natureza driblou a ciência, fazendo chover bastante em praticamente todas as regões do estado.

“A previsão probabilística aponta a categoria abaixo da normal como a mais provável com 45% de chance de ocorrer. Por sua vez, a ocorrência da categoria normal de precipitação tem chance de 35%; as condições acima da categoria normal são de apenas 20%”, segundo revela um relatório divulgado ontem pela Funceme.

O relatório informa que “a análise acompanha outros Centros de Previsão Climática como o Multimodelo da América do Norte (NMME) e o conjunto de modelos disponibilizado pelo ECMWF (European Center for Medium-Range Weather Forecast) da Europa, em que se indicam condições desfavoráveis para precipitação em todo o Nordeste brasileiro”.

E acrescenta:

“A causa disso é a permanência da condição anormal no Atlântico Tropical Norte, águas mais quentes do que a média persistindo por mais 3 a 4 meses. Uma análise feita para a tendência dos principais meses da estação chuvosa do Ceará (fevereiro, março e abril - FMA) de 2025 indica condições de anomalias negativas de chuva, entretanto com um sinal bem mais fraco para DJF, bem próximos da normalidade para esse período. O resfriamento no Pacífico Tropical tende a ocorrer; entretanto as condições evoluíram para dentro da neutralidade na parte central e Leste.”

O agricultor deve estar se perguntando. “Afinal, planto ou não planto?”

Veja também