Fiec visita a Samaria, maior fábrica de rações para camarão do país

Empresa de Cristiano Maia investe R$ 40 milhões em sua fábrica de Fortaleza, cuja produção, que inclui produtos para a Linha Pet, dobrará quando sua expansão estiver concluída

Legenda: Cristiano Maia, ao centro, de capacete branco, ladeado por Ricardo Cavalcante, Carlos Prado e Sílvio Carlos Ribeiro
Foto: Egídio Serpa

Maior indústria brasileira de ração para camarão, a Samaria Camarões, instalada na margem Norte do IV Anel Viário, entre a Ceasa e a BR-116, em Fortaleza, está investindo R$ 40 milhões na sua ampliação, cuja primeira etapa foi concluída e entrou em operação, produzindo, também, rações para peixes, equinos e bovinos. Em junho, estará concluída a segunda fase, que terá uma nova unidade de fabricação de rações para toda a linha Pet.

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Nesta sexta-feira, 13, o presidente e o vice-presidente da Federação das Indústrias do Cearbá (Fiec), Ricardo Cavalcante e Carlos Prado, acompanhados do presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentos, Isaac Matos Bley, visitaram a planta industrial da Samaria, após o que se declararam muito impressionados com o que viram em quantidade, em qualidade e, principalmente, em inovação e tecnologia.

Também participaram da visita o secretário Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do governo do estado, Sílvio Carlos Ribeiro, e o coordenador das câmaras setoriais do Agronegócio, Edson Brok.

No final da visita, o comando da Fiec e seu anfitrião acertaram que o Senai-Ceará, que tem dezenas de laboratórios de análise, vários dos quais de validação do controle de qualidade de produtos industriais, passará a prestar serviços à Samaria Rações, que hoje utiliza, periodicamente, um laboratório para esse serviço.

A Samaria Rações, que integra o Grupo Samaria, cujo sócio majoritário e CEO é o empresário Cristiano Maia, que é, também, o maior criador de camarão do país, tem outra fábrica na cidade pernambucana de Goiana, entre Recife e João Pessoa, cuja produção é exclusivamente de rações para camarão. 

No próximo mês de junho, quando toda a expansão da fábrica de Fortaleza estiver concluída, a produção da Samaria Rações dobrará. Hoje, essa produção é de 5 mil toneladas/mês de ração para camarão; 1 mil toneladas/mês para peixe; 200 toneladas/mês para bovinos e 1 mil toneladas para cães e gatos.

“Toda essa produção é integralmente vendida. Diariamente, saem daqui para diferentes destinos até 30 caminhões transportando nossos produtos para clientes de todo o Nordeste e também do Norte do país”, revelou Cristiano Maia.

Ele e sua equipe de técnicos – da qual fazem parte zootecnistas, engenheiros de pesca e biólogos – explicaram ao presidente e ao vice da Fiec e ao presidente do Sindalimentos que 22 itens entram na composição das rações animais que sua empresa produz, citando entre elas farinha de soja, farinha de vísceras, farinha de sangue, farelo de soja e farinha de peixe, fornecidos por grandes empresas estrangeiras, como a Bunge, que lhe fornece o milho, e nacionais, como as cearenses Tijuca, que lhe entrega óleo de soja, e J. Macedo, que a abastece de farinha e farelo de trigo.
 
O que mais impressionou os dirigentes da Fiec foi o processo de fabricação das diferentes rações, que é 100% computadorizado, sendo impossível a intervenção humana, que se limita ao acompanhamento de cada fase da produção por meio de uma tela de tevê. Quando surge algum problema, aparece na tela um sinal indicando o local exato da linha de produção onde a anomalia aconteceu, a sua causa e a providência que deve ser tomada para que a normalidade se restabeleça.

No Laboratório de Análises da Samaria Rações, a zootecnista Marcela Oliveira e a engenheira de pesca Eliane Oliveira, com o apoio de uma auxiliar, tratam de, por amostragem, selecionar os lotes dos produtos que são encaminhados ao exame do Laboratório de Análises de Recife, algo que, muito proximamente, passará a ser feito por um dos laboratórios do Senai-Ceará.

Após a visita, feita com as vestimentas próprias exigidas pelas empresas produtoras de alimentos, Ricardo Cavalcante, Carlos Prado e Isaac Matos Bley reuniram-se com Cristiano Maia no escritório da empresa. 

O anfitrião disse que o governo – federal ou estadual – não costuma falar sobre o empresário, e quando o faz é para criticá-lo. Ele revelou que suas empresas dão emprego direto e estável a 4 mil pessoas no Ceará, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte.

“Sou o maior empregador do Vale do Açu. Em Pendência, onde está nossa Fazenda Potiporã, a maior da carcinicultura brasileira, dos nossos 1 mil colaboradores, 700 são mulheres, ou seja, estamos rigorosamente dentro os padrões da modernidade legal”, disse Maia.

Por sua vez, o presidente da Fiec agradeceu a visita, declarou-se “orgulhoso da Samaria, estamos felizes com o que vimos aqui e posso dizer que os galpões de sua indústria são de padrão mundial, o que também nos enche de orgulho pois mostra o compromisso dos nossos industriais com a produção sustentável, que é o caso da Samaria Rações”.

Cavalcante referiu-se também ao vídeo que lhe foi apresentado sobre a Fazenda Potiporã, no vizinho Rio Grande do Norte, onde a Samaria utiliza a alta tecnologia de controle e uso da água e onde a moderna ciência é aplicada no seu laboratório para a detecção e combate de possíveis pragas e doenças.