Fiec Summit 2023 Hidrogênio Verde terá Alckmin, Camilo, Luciana e Marina

E terá, também, empresários, executivos e luminares acadêmicos nacionais e estrangeiros que pesquisam sobre o H2V. Ontem, a Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou Projeto de Lei que disciplina o uso do Hidrogênio como fonte de energia no Brasil.

Legenda: No ano passado, o Fiec Summit lHidrogênio Verde lotou dois auditórios da Fiec. Neste ano, ele será realizado no Centro de Eventos do Ceará
Foto: Diário do Nordeste / Thiago Gadelha

Informações para quem ainda tem dúvida da importância que ganhou, em apenas dois anos, o Fiec Summit Hidrogênio Verde: neste 2023, sua sessão de abertura, às 10 horas do próximo dia 25, no Centro de Eventos do Ceará, terá a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e dos ministros da Educação, Camilo Santana; da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos; e do Meio Ambiente, Marina Silva, além, naturalmente, do governador do Ceará, Elmano de Freitas, e dos três senadores cearenses – Cid Gomes, Augusta Brito e Eduardo Girão. 

Mas não só a política estará representada, uma vez que empresários e executivos de algumas das maiores empresas mundiais do setor de energias renováveis e luminares acadêmicos nacionais e estrangeiros que desenvolvem pesquisas em torno da produção do Hidrogênio Verdes (H2V) também participarão como conferencistas ou expositores de produtos e serviços.

Eis aqui – para excitar os que pretendem acompanhar, física ou remotamente, a programação do Fiec Summit 2023 – algumas dessas personalidades: 

Luís Viga, Brazil Country Manager Fortescue Industries; Fernando Elias, diretor de Comercialização e Regulação da Casa dos Ventos; Erick Torres, CEO da ArcellorMital Pecém; Alexandre Negrão, CEO da Aerys Energy; Leonardo Euler de Morais, VP da Vestas do Brasil; Guilherme Ricci, diretor de Negócios da Linde/White Martins; Jorge Borrel, CEO da Qair Brasil; Carlos Pompemeier, vice-presidente de Assuntos Corporativos da AES Brasil. Este grupo estará no painel “Investidores: suas iniciativas e empreendimentos no Ceará”.

É pouco? Tem mais: Ursina Krumpholz, conselheira para a América Latina do Ministério da Economia e do Clima da Alemanha, que falará sobre “A Política de Importação de Hidrogênio Verde da Alemanha”; Markus Franke, diretor da GIZ Brasil, uma organização alemã com braço brasileiro; e Mark McHugh, CEO da Transhydrogen Alliance Brasil, que estará como debatedor do painel “Infraestrutura, Armazenamento, Transporte e Distribuição do H2V”. 

Estas informações chegaram, ontem, a esta coluna no exato momento em que a Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal acabara de aprovar o Projeto de Lei que disciplina o uso do Hidrogênio como fonte de energia no Brasil. Pela proposta, que agora será analisada pela Comissão de Infraestrutura em votação terminativa, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) ficará responsável por regular e fiscalizar toda a cadeia do Hidrogênio no país.

De acordo com o comunicado transmitido pela assessoria do Senado, o projeto estabelece mecanismos para o uso do Hidrogênio no setor energético nacional. Também incentiva a produção do Hidrogênio Verde, produzido com energias renováveis, como a solar, a eólica e a hidráulica. 

Pelo projeto, a produção e a distribuição do Hidrogênio passam a fazer parte das atividades do segmento econômico de abastecimento nacional de combustíveis. E a ANP ficará responsável por regular e fiscalizar toda a cadeia do Hidrogênio. 

O relator do projeto, senador Veneziano Vital do Rego, do MDB da Paraíba, elogiou a proposta, mas fez duas ressalvas ao texto original. 

"Em vez de dispormos sobre Hidrogênio sustentável, disporemos sobre o Hidrogênio sustentável de baixo carbono, além de reforçar a característica do uso do Hidrogênio como alternativa para contribuir com as metas de redução de emissões de gás de efeito estufa. Segunda sugestão: excluir o disposto no artigo 4º do PL, de modo a aguardar estudos que consigam estabelecer marcos de misturas de Hidrogênio no gás natural em que se melhor equilibrem os ganhos a serem obtidos com os impactos provocados pela mistura na infraestrutura do gás natural.''

É um passo importante que o Senado dá para ajudar o Brasil a ser um polo mundial do H2V. Mas será necessário outro passo, e este tem mais urgência ainda: o estabelecimento de um marco regulatório para a geração de energia eólica offshore (dentro do mar). Faz três anos que essa regulação é prometida, mas, até agora, o Congresso Nacional e o Ministério de Minas e Energia mantêm silêncio sobre o assunto. 

Vários grandes projetos de energia solar offshore, entre os quais cerca de 10 são de interesse do Ceará, estão em análise no Ibama, que aguarda a regulamentação para manifestar-se sobre o licenciamento ambiental.

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