Uma comitiva da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) está participando da Cop 27, realizada entre os dias 6 e 18 de novembro, no balneário de Sharm El Sheikh, no Egito.
O evento é o mais importante sobre mudanças climáticas do mundo e o maior já realizado sobre esta temática.
A Fiec será representada pelo seu consultor em Energia da, Jurandir Picanço; pelo coordenador do seu Núcleo de Energia, Joaquim Rolim; e pelo consultor Internacional e CEO da Lakes Environmental, Jesse Van Griensven Thé.
A delegação da Fiec participará de espaços e palestras em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O objetivo da comitiva da Fiec é promover a imagem do Ceará como um Hub do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo, apontando as oportunidades de investimento e as características únicas que o estado dispõe para fortalecimento da nova matriz energética limpa.
Como exemplos do grande potencial estão a capacidade de produção complementar de energia a partir da energia eólica e solar, além da existência de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE), presente no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).
Também surgem como grandes apostas para a recepção de um grande Hub de hidrogênio verde no Ceará a proximidade com a Europa e os Estados Unidos, em função de sua localização geográfica, além dos mais de 20 memorandos de entendimento assinados por empresas e o Governo do Estado para a construção de plantas de H2V no Complexo do Pecém - a primeira, inclusive, com previsão de início ainda neste ano.
De acordo com Joaquim Rolim, a missão tem uma série de objetivos, como mostrar o manancial de energia limpa e renovável presente no Ceará e no Brasil como um todo; a capacidade de o Ceará de produzir energia limpa e favorecer os produtos verdes; os diferenciais que credenciam o estado como produtor nacional de H2V; e a capacidade de ajudar o mundo com a descarbonização, a partir dos produtos verdes e da adequação de processos, como a eletrificação.
"O Brasil, o Nordeste e o Ceará estão em uma situação muito privilegiada para poder contribuir com esse processo e atrair investimentos. Há uma necessidade imensa de atrair esses investidores para o Ceará, contribuindo, assim, com uma mudança de nossa situação econômica, gerando emprego e renda e melhorando a nossa condição social. Por isto, a Fiec sempre está atuando nesses momentos cruciais", ressaltou Joaquim Rolim.
Rolim participará do painel "Infraestrutura de apoio à Transição Energética", na próxima quinta-feira, 10, a convite do Ministério do Meio Ambiente.
"Vamos mostrar o que temos de infraestrutura e, claro, que precisamos avançar mais com o intuito de desenvolver melhor e escoar mais a energia limpa, favorecendo a produção de mais produtos verdes. Vai ser um momento ímpar de interação, para saber o que está sendo feito por outros estados e países", garantiu ele.
O Consultor em Energia da Fiec, Jurandir Picanço, participará do painel "Ações para o Desenvolvimento do Mercado de Hidrogênio Verde no Brasil", no dia 16 de novembro. Já o CEO da Lakes Environmental, Jesse Van Griensven Thé, estará no painel "Hidrogênio Verde", com outros empresários de multinacionais.
O governo do Ceará participa da Conferência com a presença da Governadora Izolda Cela e do Secretário Executivo de Regionalização e Modernização, Célio Fernando.
Haverá uma série de reuniões com investidores na área do hidrogênio verde, além da assinatura de um novo memorando de entendimento com a empresa australiana Fortescue, que deverá implantar uma usina de H2V no Ceará. Izolda participará de um painel sobre estratégias latino-americanas para implementação do Acordo de Paris ao lado de outros chefes de estado.
A Fiec também participou da COP-26, ocorrida no ano passado em Glasgow, na Escócia. A edição deveria ter ocorrido em 2020, mas foi adiada em decorrência da pandemia de covid-19.
Na ocasião, o coordenador do Núcleo de Energia da Federação, Joaquim Rolim, representou a instituição. A conferência contou com a representação de 197 países com compromissos assumidos para retenção de gases do efeito estufa.