Fiec anuncia: vem aí, em 2026, a primeira Expo Indústria do Ceará
Ricardo Cavalcante quer, como a Pecnordeste, lotar todo o Centro de Eventos para mostrar o que produz o setor industrial cearense

Nas pegadas da Pecnordeste, que, nos últimos três anos, tem ocupado todos os espaços do Centro de Eventos, vem aí, em março de 2026, a Expo Indústria do Ceará, uma exposição que, durante três dias, mostrará tudo o que produzem as grandes, médias e pequenas empresas industriais cearenses.
Esta informação foi transmitida à coluna pelo presidente da Federação das Indústrias (Fiec), Ricardo Cavalcante, que não poupou elogios à Pecnordeste, que, na sua opinião, “vem provocando uma revolução na agropecuária do nosso estado”.
Para que esse projeto deixe de ser um sonho e se transforme em concreta realidade, um Grupo de Trabalho, liderado pelo primeiro vice-presidente da Fiec, Carlos Prado, já desenha a estrutura do empreendimento, que terá, também, a presença de empresas gigantes da indústria brasileira.
Ricardo Cavalcante quer exibir para o cearense da capital e do interior do estado o que produz o seu setor industrial. Poucos aqui sabem, por exemplo, que é cearense e tem sede no Ceará a empresa líder do mercado de massas e biscoitos do país – a M. Dias Branco. E que, também, é cearense e está sediada aqui a fábrica líder do mercado nacional de fogões – a Esmaltec, do Grupo Edson Queiroz.
Sempre citando como modelo a Pecnordeste – “que produz no campo o que a manufatura transforma, beneficia e agrega valor, fazendo girar a roda da economia, mobilizando também o comércio, o serviço e a logística do transporte – o presidente da Fiec disse que a grande feira da agropecuária faz brilhar os olhos dos cearenses que a visitam, reação emocional que acontecerá, igualmente, durante a primeira Expo Indústria do Ceará, que é a provisória denominação do evento idealizado pela Fiec.
Ricardo Cavalcante enaltece o crescimento vertiginoso que o agro cearense experimentou nos últimos 20 anos, dizendo que “alguns números estão a indicar que a agropecuária já responde por 20% do PIB estadual”, no que ele tem razão se for acrescentada a produção da agroindústria, como a do setor de lacticínios, que se origina do leite, e a de massas e biscoitos, que têm origem no trigo, que são dois itens importantes da agricultura.
Para o presidente da Fiec, “essa revolução do agro no Ceará acontece pela ousadia dos seus empresários agricultores que, neste momento, investem na retomada de antigas culturas, como a do algodão, com o propósito de devolver ao estado o protagonismo que ele teve nos anos 50, 60 e 70 do século passado, quando foi um dos três maiores produtores dessa fibra em todo o país.
Cavalcante referiu-se, ainda, à carcinicultura que hoje já mobiliza, no interior do estado, 2.800 famílias na criação de camarão em cativeiro. Esse contingente, havia 5 anos, estava ocupado na atividade agrícola, mas logo descobriu as virtudes da carcinicultura, uma atividade que tem retorno maior e mais rápido, como prova o extraordinário crescimento do setor, principalmente na região jaguaribana.
“O camarão era uma proteína que, até 5, 6 anos atrás, não existia nas feiras livres das cidades do interior e hoje é oferecida ao consumo da população. Essa é a revolução do agro que deixa feliz e alegre os que fazemos a indústria no Ceará”, acrescentou Ricardo Cavalcante. Ele disse que tudo isso é produto de uma forte liderança, citando o presidente da Faec, Amílcar Silveira, como responsável pela radical mudança experimentada pela entidade nos últimos três anos.
E quando será a Expo Indústria do Ceará? – a coluna perguntou. E ele respondeu:
“Vamos realizá-la em março do próximo ano, ocupando todos os espaços do Centro de Eventos. Nesta semana, tivemos uma reunião com o secretário da Casa Civil do Governo do Estado, Chagas Vieira, tratando desse projeto. O governador Elmano de Freitas – informou Cavalcante – ficou entusiasmado com a ideia.”
O presidente da Fiec foi em frente e acentuou:
“O exemplo da Pecnordeste incentiva-nos a promover uma feira semelhante para apresentar o que a indústria cearense produz por meio de suas 19.200 empresas de todos os portes, localizadas na capital e no interior do estado, as quais dão emprego a 371 mil pessoas. Nós faremos no Centro de Eventos uma feira como esta do agro, que, aliás, tem a participação do Sistema Fiec, por meio do Sesi, Senai, IEL, CIN e Observatório da Indústria.”
Ricardo Cavalcante finalizou assim:
“A indústria e a agropecuária precisam, sempre, de estar de mãos dadas. E aqui no Ceará é isto o que acontece”.
Durante toda a tarde de ontem, Ricardo Cavalcante visitou os estandes da Pecnordeste. Ele esteve no estande da Samaria Camarões, onde se demorou em conversa com Moaci Maia, sócio e diretor da empresa, cujo fundador, seu pai Cristiano Maia, é o maior carcinicultor do país.
O presidente da Fiec também esteve nos estandes da Itaueira Agropecuária, onde foi recebido pelo sócio e diretor Caito Prado; do Sindilacticínios, cujo presidente José Antunes Mota o recebeu com dezenas de produtores de leite; da Tijuca Alimentos, onde recebeu os cumprimentos do seu diretor Marden Vasconcelos; da Icofort Agroindustrial, maior produtora de óleo de algodão do país, cujo dono, Décio Júnior, o abraçou efusivamente.
Ricardo Cavalcante também visitou o espaço da Feira dos Municípios, entrando em cada um dos 30 estandes de suas respectivas prefeituras, conversando com seus produtores rurais e provando das iguarias expotas à degustação do público.
E encerrando sua visita, esteve no estande da Federação da Agricultura (Faec), onde conversou com seu presidente Amílcar Silveira.
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