Fiec 75 anos e desafios: mundo digital e Inteligência Artificial
Mais poderosa entidade empresarial do Ceará, a Federação das Indústrias investe na educação, tecnologia, inovação e na busca de novos mercados

Aos 75 anos de idade, completados ontem, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) é, hoje, uma entidade jovem, ativa, proativa e reativa, moderna, operando na ponta da tecnologia em todos os setores de sua atuação, formando e, mais do que isto, qualificando a mão de obra industrial para o presente e o futuro, que são e serão digitais, e apoiado na Inteligência Artificial que causa susto e preocupação pela velocidade com que avança sobre as diferentes áreas do conhecimento humano. “São severos e sofisticados desafios que estamos enfrentando e vencendo, graças à qualidade dos nossos executivos, do conjunto de nossos colaboradores, incluindo os técnicos e professores, da dedicação dos nossos diretores e do eficiente esforço dos que dirigem os nossos 39 sindicatos filiados”, como diz, orgulhoso, o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante.
Desde 1949, quando foi fundada, a Fiec tem sido um organismo vivo e forte na promoção e na modernização dos processos industriais, incentivando a adoção de novas tecnologias, o aumento da eficiência produtiva e a busca por modelos de negócios mais inovadores e alinhados aos contemporâneos desafios — como a transição energética e a digitalização.
Ela tem o que pode ser designado de Cinco Casas que são o Sesi, braço social da Fiec, que promove saúde, educação e qualidade de vida para os trabalhadores da indústria e suas famílias; o Senai, que forma profissionais para o mercado, impulsiona a inovação e oferece soluções tecnológicas às indústrias; o IEL, que conecta empresas, talentos e conhecimento, atuando em gestão, estágio e desenvolvimento empresarial; o Observatório da Indústria, que é o centro de inteligência estratégica, dispondo de 8 trilhões de dados, estudos e análises, com os quais apoia a tomada de decisão de empresas, governos e instituições, além de antecipar as tendências e promover o planejamento baseado em evidências; e o Centro Internacional de Negócios (CIN), que abre as portas do mundo para a indústria cearense, preparando empresas para exportar e importar e para atuar globalmente, com capacitação, assessoria e prospecção de mercados internacionais.
Mas o que fazem essas Cinco Casas da Fiec? Resposta: organizam e promovem cursos e treinamentos profissionais; consultorias em inovação e produtividade; promoção da saúde e segurança no trabalho; apoio à internacionalização de empresas; produção de estudos e dados econômicos; e representação institucional e política. Não é pouca coisa, e é por esta e outras razões que a Fiec ocupa hoje posição de protagonista no universo da indústria brasileira (o presidente da Fiec é hoje, o presidente interino da Confederação Nacional da Indústria, cujo titular, Ricardo Alban está nos EUA liderando missão empresarial que em Washington, Nova Iorque e Boston trata das consequências no Brasil da política tarifária do governo norte-americano.
Foram presidentes da Fiec Waldyr Diogo de Siqueira (1950-1962), responsável pela consolidação institucional nos primeiros anos; Thomás Pompeu de Souza Brasil Netto (1962-1971), que ampliou o alcance da Fiec e fortaleceu a atuação dos sindicatos industriais; José Raimundo Gondim (1967-1971), comprometido com o desenvolvimento econômico e social do estado; Francisco José Andrade Silveira, que estreitou o diálogo entre a indústria e o poder público; José Flávio Costa Lima (1977-1986), que atuou na modernização administrativa da entidade; Luiz Esteves Neto (1986-1992), que reforçou a estrutura interna e o alinhamento institucional.; Fernando Cirino Gurgel (1992-199), que estimuloiu a diversificação da base industrial do estado; Jorge Parente Frota Júnior (1999-2006), que expandiu a projeção nacional e internacional da Fiec; Roberto Macedo (2006-2014), que impulsionou o desenvolvimento econômico do Ceará em parceria com o setor público; Beto Studart (20014-2019), que velou inovação e sustentabilidade para o centro da estratégia da entidade; Ricardo Cavalcante (desde 2019 até agora), que tem promovido uma agenda voltada à competitividade industrial, inovação, ESG e transição energética, com destaque para o hidrogênio verde.
Observa-se que a administração da Fiec, desde seu primeiro presidente, sempre esteve, como está hoje, fiel ao seu compromisso de promover a indústria cearense. Esta coluna já ouviu, nos corredores da CNI, em Brasília, opiniões de que a Fiec é uma das três melhores e mais eficientes federações de indústrias do país.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, transmitiu mensagem à coluna, parabenizando o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, pela data de hoje e reconhecendo que a entidade que reúne os industriais cearenses tem sido, ao longo de quase um século uma "mola impulsionadora do desenvolvimento econômico e também social do Ceará, pois o trabalho que fazem o Sesi e o Senai nos orgulham pela sua qualidade e permanente atualização tecnológica".
Amílcar Silveira disse ainda:
"A gestão do presidente Ricardo Cavalcante está em linha com a atualidade do mundo corporativo, e as missões empresariais que a Fiec têm promovido são exemplo desse esforço de colocar o empresário cearense no contexto do mundo moderno, que é cada vez mais digital, tecnológico e inovador".
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