Festa na Bolsa de Valores brasileira, que bate recorde histórico

Mercado celebra os 139.963 pontos do índice Ibovespa, o que revela otimismo dos investidores com mercados interno e externo

Escrito por
Egídio Serpa egidio.serpa@svm.com.br
(Atualizado às 04:27)
Legenda: As ações das empresas brasileira, como Petrobras e Vale, ajudaram a Bovespa a bater seu recorde histórico ontem
Foto: Miguel Schincario AFP.

Ontem, terça-feira, 13, foi um dia de festa no mercado financeiro brasileiro. A Bolsa de Valores bateu seu recorde histórico, encerrando o pregão aos 138.963 pontos, com alta de 1,76%. Neste ano de 2025, o Índice Ibovespa já registra ganhos de 15,5%, o que mostra que o mercado retomou a sua vitalidade, e isto é consequência, principalmente, do cenário externo, que melhorou depois do anúncio de acordo de tarifas dos Estados Unidos com a China.

Mas o ambiente interno brasileiro também ajudou. Os balanços das grandes empresas, a começar pelos da Petrobras, da Vale e dos bancos, contribuíram para a extraordinária subida da Bolsa brasileira, assim como a ata da última reunião do Copom, que sinalizou o fim do ciclo da alta da taxa de juros Selic. O cenário, do ponto de vista de hoje, está pintado com as cores do otimismo.

As empresas de consultoria estão apostando que a Bolsa brasileira continuará frequentando os 139 mil pontos por bom tempo, podendo chegar aos 140 mil pontos ao longo do ano.

Entre os estrategistas e consultores, já se fala que o Banco Central, por meio do seu Comitê de Política Monetária, iniciará em dezembro um ciclo de corte da taxa de juros, o que significa dizer que a Selic, hoje em 14,75%, se manterá inalterada até o fim deste ano. Já surgem indicações de que, no fim de 2026, o ano da eleição presidencial, a Selic estará no patamar de 11,25% ao ano.

Ontem, aqui no Brasil, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou que o plano de negócios da estatal será revisto. Ela disse o seguinte:

“Vamos revisar o plano de negócios para o próximo quinquênio, considerando os desafios que a redução de preços do petróleo traz. Vocês vão ouvir demais algumas palavras como austeridade, simplificação e otimização de projetos e redução de custos de investimentos e operacionais.” E ainda acrescentou:

“Nossos produtos variam com preços e taxa de câmbio, sem que tenhamos controle sobre isso. O que sabemos é que temos obrigação de reagir a essas flutuações. Quando o preço sobe, nós temos mais conforto para alargar as nossas ideias.”

Sentado ao seu lado, Fernando Melgarejo, diretor executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, disse, por sua vez, o seguinte:

“Temos que buscar todas as alternativas de redução de custo, para que a gente consiga manter capex (investimento) e consiga colocar os projetos, fazer a execução dos projetos. Os projetos de hoje são o futuro da Petrobras amanhã.”

Deve ser lembrado que, na segunda-feira, a Petrobras publicou seu balanço, que veio com um lucro líquido de R$ 35,21 bilhões.

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