Fertilizantes: Há brasileiros contra o Brasil
Totalmente dependente da importação de fertilizantes, a agricultura brasileira não pode explorar suas jazidas de potássio porque o Judiciário não deixa. E mais: 1) Instituto Aço Cearense celebra 12 anos; 2) Tecer estará na Intermodal
No dificílimo idioma japonês, o ideograma da palavra crise é o mesmo com que se escreve oportunidade.
É na crise que se descobrem os fortes, que surgem os homens e as mulheres que fazem a diferença. É nelas que se tomam as decisões que mudam o mundo, que transformam as empresas, que descobrem o que estava escondido, que fazem surgir a novidade.
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Neste momento, o Brasil tem diante de si a chance de, aproveitando a crise causada pela guerra da Ucrânia, promover uma radical virada de página do seu agronegócio, que, até hoje, é totalmente dependente de matérias primas importadas para a produção de fertilizantes, essenciais para, pela correção e nutrição dos solos, garantir a alta produção e a alta qualidade dos seus produtos que abastecem o mercado interno e boa parte do externo.
Ontem, o Ministério do Comércio e Indústria da Rússia recomendou aos produtores e exportadores de fertilizantes do país que suspendam os embarques do produto até que as empresas transportadoras, isto é, as grandes companhias mundiais de navegação marítima, retomem as escalas nos portos russos.
Essas escalas estão suspensas porque as transportadoras cumprem as sanções impostas pela Otan ao governo da Rússia.
Correndo contra o tempo e pondo em marcha o seu Plano B, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, embarcará na próxima semana para o Canadá, com o objetivo de obter do governo canadense um volume maior de fertilizantes para o Brasil.
Essa boa providência, porém, será mais um paliativo, pois estará longe do que deve ser feito. E feito com urgência.
O que deve ser feito são providências que acelerem os projetos de extração de potássio nas grandes jazidas existentes no Brasil.
Esta coluna não entende por que o governo brasileiro – que já teve gestões do PSDB, do PT, do PMDB e agora tem uma gestão suprapartidária – tem sido extremamente incompetente para livrar o Brasil da dependência da importação de fertilizantes, sem os quais a agricultura do país perderá, em curtíssimo prazo, a posição de liderança mundial que detém hoje.
Já se sabe que o Poder Judiciário é o responsável pelo travamento da exploração das jazidas de potássio existentes no Norte do País, sob o argumento de que ao redor das minas há terras indígenas.
Na verdade, o que há é uma convergência de posições e atitudes ideológicas de políticos e magistrados com o claro objetivo de impedir a definitiva independência do Brasil da importação de fertilizantes.
Simultaneamente, essa mesma convergência tenta barrar o crescimento do agro brasileiro no mercado mundial, com o que, incrivelmente, beneficiam os concorrentes EUA e Europa, que não conseguem produzir alimentos a custos baixos como o fazem os produtores brasileiros.
É lamentável que sejam os próprios brasileiros que trabalhem contra os interesses do Brasil neste momento de crise.
O Brasil tem condição tornar-se autossuficiente na produção de fertilizantes. Basta, apenas, que o Judiciário não atrapalhe. De que maneira? Liberando a exploração do potássio nas jazidas do Norte do país.
RENEGOCIANDO AS DÍVIDAS, DE NOVO
De segunda-feira, 7, até o dia 31 deste mês, pessoas físicas em débito com bancos terão a chance de renegociar sua dívida em condições favoráveis, segundo informa a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) que lançou o Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira.
A iniciativa – promovida em parceria com o Banco Central do Brasil, Secretária Nacional do Consumidor (Senacon) e Procons de todo o país – permitirá que o devedor tenha a oportunidade de conhecer e quitar seus débitos em atraso, e tenha acesso a conteúdo exclusivo sobre educação financeira.
“Durante a pandemia, os bancos foram proativos e renegociaram voluntariamente mais de 19 milhões de contratos de empréstimos bancários, repactuando R$ 1,1 trilhão de saldos devedores e suspendendo R$ 150 bilhões em prestações, o que trouxe alívio financeiro imediato para milhares de clientes. O mutirão nacional é uma nova ação conjunta que não apenas contribui para o reequilíbrio orçamentário das famílias, mas, principalmente, promove a educação financeira, que é fundamental para que o consumidor consiga evitar o endividamento de risco, tenha mais informações sobre produtos e serviços bancários e melhore sua saúde financeira”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban.
A adesão ao mutirão é simples: O consumidor pode optar por negociar com a instituição credora dentro da plataforma consumidor.gov.br, ou diretamente com os canais digitais de negociação dos bancos; na plataforma, o consumidor encontra um modelo de reclamação no qual pode se basear para redigir a sua solicitação; o banco tem o prazo de 10 dias para analisar o pedido e apresentar uma proposta.
Esta coluna sugere que, antes de tentar a renegociação, o devedor deve aconselhar-se com alguém do mercado financeiro.
TECER COM ESTANDE NA INTERMODAL
Uma das empresas operadoras do Porto do Pecém, a Tecer Terminais tem planos para aumentar suas operações no Norte e no Nordeste.
Eles serão apresentados durante a Intermodal South America 2022, maior feira de logística da América Latina, que se realizará de 15 a 17 deste mês na São Paulo Expo, na capital paulista.
Será a 12ª participação da Tecer nesse evento.
A Tecer terá um estande na Intermodal, no qual apresentará sua lista de serviços aos grandes players do segmento presentes no evento.
Na ocasião, a Tecer detalhará a aquisição de duas novas máquinas da fabricante Kalmar, as primeiras desse tipo a operar na América Latina.
INSTITUTO AÇO CEARENSE CELEBRA 12 ANOS
Com uma história marcada por empatia e grandes realizações com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento de comunidades carentes, o Instituto Aço Cearense, braço social do Grupo Aço Cearense, que promove e apoia iniciativas com foco em educação, esportes, bem-estar e empreendedorismo, está celebrando 12 anos de exitosa atividade.
Ao longo desse tempo, o Instituto atendeu a 224 instituições e transformou a vida de cerca de 160 mil pessoas por meio de projetos que realiza e apoia. Para celebrar, a instituição está apoiando o projeto “O que não nos disseram”, que estará em exposição no shopping Iguatemi, de 07 a 21 de março.
Trata-se de uma exposição audiovisual sobre violência contra mulher, com fotografias ampliadas e relatos de vivência de superação captados pela jornalista Andressa Maia.
São 16 fotos no tamanho 2,20 m x 1,30 m estruturadas para exposição, 16 peças táteis para acessibilidade e 16 fones com áudio-depoimentos das mulheres fotografadas. O projeto conta, ainda, com audiodescrição e interpretação em libras.