Faec e Embrapa Agroindústria Tropical unem-se pelo agro cearense

Presidente da Federação da Agricultura do Ceará reúne-se com especialistas da Embrapa e trata do uso da nanotecnologia no desenvolvimento de plantas de frutas, legumes e verduras

Legenda: A nanotecnologia desenvolvida pela Embrapa Agroindústria Tropical poderá ser uma grande aliada da agricultura cearense
Foto: Divulgação

Reuniram-se ontem as doutoras Aline Teixeira, chefe de Transferência de Tecnologias da Embrapa Agroindústria Tropical, com sede em Fortaleza, e Natália Martins, pesquisadora da mesma instituição, com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará, Amílcar Silveira.

Durante duas horas, os três conversaram sobre o uso da nanotecnologia em projetos da agropecuária de pequeno e grande portes e, também, em empreendimentos que pretendem promover a recuperação de áreas degradadas.

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Por que a Faec está interessada nas novas tecnologias da Embrapa? Seu presidente responde:

“Primeiro, porque a Embrapa Agroindústria Tropical entende 100% do agronegócio cearense em suas diferentes vertentes. Segundo, porque a doutora Natália Martins é especialista no uso da nanotecnologia no desenvolvimento de plantas, incluindo as da fruticultura e da horticultura, e é dessa extraordinária novidade que estamos precisando para que o agronegócio no Ceará seja, em curto prazo, um polo de desenvolvimento nacional”.

As duas doutoras da Embrapa entusiasmaram-se com o que ouviram de Amílcar Silveira, que lhes prometeu “o que for necessário” para que o produtor rural do Ceará tenha à sua disposição a melhor tecnologia para cultivar produtos de valor agregado.

“Queremos produzir mais com menos área e menos água”, disse ele às doutoras da Embrapa Agroindústria Tropical.

Interessa à Faec, imediatamente, a nanotecnologia que acelera o crescimento das plantas e permite uma produção até 50% maior de frutas, verduras e legumes. Como o entendimento com a Embrapa Agroindústria Tropical deverá prosseguir, a Faec estima que, “muito em breve, se tudo der certo, poderemos começar os experimentos pela Serra da Ibiapaba e pela Chapada do Apodi”, como disse Amílcar Silveira com o entusiasmo que o caracteriza.

Durante a reunião, o presidente da Faec ouviu da doutora Aline Teixeira a seguinte informação: Cada R$ 1 investido pelo governo na Embrapa Agroindústria Tropical gerou R$ 14 em projetos desenvolvidos para a iniciativa privada. Este detalhe provocou um largio sorrio no presidente da Faec. 

Foi dito na mesma reunião que a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a presente década (2020-2030) como a década dedicada à recuperação das áreas degradadas do planeta. O tema é tão importante, que, em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, movimentam-se grandes empresas e, também, instituições multilaterais nesse sentido.

“Temos mantido reuniões com técnicos da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) e com consultores empresariais na busca de projetos que nos permitam reerguer áreas que, por falta de cuidados, se tornaram improdutivas. Nosso desejo é torna-las produtivas, de novo, e para isso a tecnologia da Embrapa está ao nosso alcance”, finalizou o presidente da Faec.

A propósito: no próximo mês de julho, presidente da Embrapa nacional, Celso Moretti, deixará o cargo porque completará a idade legal limite.