Empresários aprovam Max Quintino no comando do Pecém

Atual chefe da Casa Civil do governo, ele tomará posse da CIPP S/A na próxima segunda-feira, 21, substituindo Hugo Figueiredo.

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(Atualizado às 12:36)
Legenda: Max Quintino (D) foi o escolhido pelo governador Elmano de Freitas (E) para presidir o Complexo Industrial e Portuário do Pecém
Foto: Governo do ERstado / Divulgação

Está confirmada a informação que esta coluna divulgou há dois dias: o atual chefe da Casa Civil do Governo do Ceará, Max Quintino, será o novo presidente da Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, a CIPP S/A, empresa de economia mista que tem como sócio controlador o governo do Ceará e como sócio minoritário a Autoridade do Porto de Roterdã.

A decisão do governador Elmano de Freitas causou surpresa no meio político, mas não no meio empresarial. Uma fonte do setor industrial confidenciou à coluna que Max Quintino tem as credenciais exigidas para comandar o Pecém e tudo o que encerra esse complexo, incluindo a sua Zona de Processamento para Exportações, a ZPE do Ceará.

Entre empresários dos setores de serviços e da agropecuária a coluna recolheu, também, boas opiniões e comentários sobre Max Quintino, que será substituído na Casa Civil pelo jornalista Chagas Vieira. Ambos assumirão suas posições na próxima segunda-feira

Com essas e mais algumas mudanças na sua equipe de auxiliares diretos, o governador Elmano de Freitas prepara-se para os dois últimos anos do seu atual mandato.

Não se sabe, ainda, se Hugo Figueiredo será aproveitado em outra posição do governo estadual.

Especula-se que o secretário do Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho, também poderá deixar o cargo, retornando ao seu mandato de deputado estadual. Salmito tem reclamado, em conversas entre amigos, sobre a falta de verbas para a SDE.

UM PROJETO QUE NÃO SAIU DO PAPEL

Há três anos, a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) do Governo do Ceará elaborou um projeto de maravilhosa intenção: distribuir hidrômetros a cada um dos produtores rurais na área do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi – onde a agricultura avança em boa velocidade.

Na época, a feliz ideia foi recebida com aplausos pela comunidade dos que produzem frutas e outros alimentos no Perímetro. Afinal, todos – isto é, todos, e não apenas alguns – pagariam pelo que efetivamente consumissem de água. Infelizmente, porém, entre a aguardada proposta e sua efetiva implementação, nada, absolutamente nada, aconteceu até agora.

Pretendiam os idealizadores da proposta que cada produtor do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi – pequeno, médio ou grande – pagasse pela água que consumisse. Mas eles não pagam hoje? Pagam, sim, mas, por falta dos hidrômetros, poderiam pagar o preço justo.

Para a implementação da ideia, seriam investidos apenas R$ 1 milhão para a aquisição dos hidrômetros, e a questão estaria resolvida. Mas nada aconteceu.

Uma fonte bem-informada sobre o assunto disse à coluna que o governo estadual parece não ter a gestão dos recursos hídricos como prioridade, mas, na realidade, essa prioridade existe e prova disto são os investimentos que seguem sendo feitos, incluindo o da duplicação dos sifões do Eixão das Águas.

“Não é um problema de supérfluo. É uma questão de gestão de água”, disse à coluna um consultor em agropecuária lamentando que três anos já se passaram, sem que a ideia – gerada ainda no governo Camilo Santana – tenha se transformado em realidade.

O que esta coluna pode acrescentar é o seguinte: todas os lotes do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi têm de pagar pela água que consomem, todas, sem exceção, Mas, para isto, será preciso instalar neles os medidores -- os hidrômetros.

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