Empossada a nova diretoria da CNA. Nela há um cearense pela 1ª vez

Amílcar Silveira, presidente da Faec, é um dos vice-presidentes da entidade, que adverte para a volta da crise fiscal

Escrito por
Egídio Serpa egidio.serpa@svm.com.br
(Atualizado às 08:46)
Legenda: Empresários do agro cearense, liderados por Rita Grangeiro, prestigiaram a posse de Amílcar Silveira na diretoria executiva da CNA
Foto: Divulgação
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Tomou posse ontem a nova diretoria Executiva da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), presidida pelo baiano João Martins, reeleito para mais um mandato. O Ceará, pela primeira vez, integra o comando da CNA, representado pelo presidente de sua Federação da Agricultura e Pecuária (Faec), Amílcar Silveira. A diretoria empossada foi eleita por unanimidade no último mês de outubro. 

Uma delegação de empresários do agro cearense – liderada pela agroindustrial Rita Grangeiro, sócia e diretora da Fazenda Grangeiro e grande produtora de coco, água de coco e feijão verde – esteve presente à solenidade, que se realizou no Centro Internacional de Eventos de Brasília. 

Antes e após a solenidade de posse, o time de líderes do agro cearense demorou-se em conversa com o presidente e os novos diretores da CNA, dos quais ouviram palavras de contentamento pela presença de Amílcar Silveira, na diretoria da entidade. Eles destacaram a forte liderança do presidente da Faec, e demonstraram ter conhecimento dos projetos que o comando do agro do Ceará desenvolve para fazer cresce ainda mais o setor. 

Entre os empresários cearenses que prestigiaram a posse da nova diretoria da CNA, além de Rita Grangeiro, incluíram-se Tom Prado (Itaueira Agropecuária), Fábio Regis (Sítio Barreiras), Marden Vasconcelos (Tijuca Alimentos) e Candice Rangel (Criadora de gado Nelore), além de Sílvio Carlos Ribeiro, secretário Executivo do Agronegócio do Governo do Ceará, e Gustavo Saavedra, diretor da Embrapa Agroindústria Tropical, que tem sede em Fortaleza, e assessores da Faec.  

No seu discurso, João Martins disse que, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), foram treinados e qualificados, em todo o país, 484 mil produtores rurais mais do que a meta estabelecida para este ano, que era de 480 mil. Disse, também, que, para enfrentar os novos cenários da economia agrícola do país, foram reestruturados os organismos da CNA “e mudamos radicalmente todos os conceitos de capacitação do Senar e do Instituto Semiárido”. 

“Hoje, o momento é outro: no plano interno, a volta da crise fiscal, não por falta de impostos, mas por excesso de gastos governamentais, nos preocupa muito. Mas a agropecuária brasileira, com a sua capacidade fantástica de crescimento e expansão, dentro do possível, tem feito a sua parte. Na verdade, a agropecuária não depende de benesses; estamos, com novos equipamentos e novas tecnologias, mergulhando fundo na inovação”. 

Ele disse que o cenário de hoje é diferente do de oito anos atrás, e por esta razão o agro “tem de acompanhar e, sempre que possível, antever as inovações, vivendo hoje o mundo de amanhã”.  

Martins afirmou que “a guerra comercial entre as grandes potências, misturada à ideologia, tem afetado muito o Brasil, que é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de alimentos”. E acrescentou: 

“Paralelamente a isso, os conflitos ideológicos atuais geram insegurança jurídica, tão perniciosa ao desenvolvimento socioeconômico do país. Precisamos de políticas públicas coerentes para corrigir as distorções da concorrência desleal adotadas por alguns países”.