Líderes empresariais da agropecuária cearense poderão, nos próximos dias, reunir-se com o governador eleito Elmano Freitas e com o senador eleito Camilo Santana, que se mostram muito interessados nesse diálogo.
Os que produzem no campo esperam reouvir dos dois líderes políticos eleitos o discurso de que, passada a contenda eleitoral, estariam ambos decididos a colocar em prática o esforço pela pacificação dos ânimos e, ainda, a promessa de que governarão para todos os cearenses.
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O setor primário da economia estadual, principalmente seu estamento empresarial, que investe na inovação e produz com tecnologia de ponta, utilizando-se dos seus próprios recursos, é empregador intensivo de mão de obra, além de ser, também, com suas exportações, gerador de divisas para o estado do Ceará.
Eis algumas informações que mostram a força da agropecuária do Ceará:
É cearense de Icapui a maior produtora e exportadora mundial de melão e melancia. Ela produz em 8 mil hectares e dá emprego a 8 mil colaboradores.
É cearense o maior produtor brasileiro de camarão.
Entre os 10 maiores produtores de leite do Brasil, três são cearenses.
Está no Ceará, na Chapada do Apodi, a empresa brasileira que mais exporta banana. Está no Ceará, mais precisamente no Cariri, a maior produtora de bananas do Nordeste.
Há mais: no lado cearense do Apodi, no Leste do estado, cresce em ritmo de frevo e em progressão geométrica a produção de algodão, que é feita com tecnologia da Embrapa, com recursos próprios do empreendedor privado e com colheita mecanizada. Sua área plantada já se aproxima dos 3 mil hectares e sua produtividade é semelhante às de Sapezal, no Mato Grosso, e de Luiz Eduardo Magalhães, no Sudoeste da Bahia.
Na Chapada da Ibiapaba, no Noroeste do Ceará, o futuro do agro é promissor, pois lá, em se plantando, tudo dá, principalmente frutas de alto valor agregado, o que tem atraído a atenção de empresários estrangeiros, inclusive dos EUA e da Europa.
Produtores equatorianos de mirtilo (o Equador é o maior produtor dessa fruta) já conversam com a secretaria Executiva do Agronegócio da Sedet com a intenção de cultivar essa valiosa frutinha nas boas terras da Ibiapaba, onde o clima é propício para esse tipo de cultura, que inclui também o Avocado, o mais consumido abacate na Europa.
Mas a pecuária bovina, caprina, ovina e bubalina avança, também, na velocidade da Space X. Usando novas tecnologias, a produção de leite bovino – mesmo em épocas de baixa pluviometria – aumentou. E graças ao bom entrosamento da indústria de beneficiamento com os pequenos produtores, o Ceará é a sede da maior fábrica de lacticínios do Nordeste, cuja planta, sediada em Morada Nova, foi ampliada e modernizada para a produção de leite em pó.
Uma reunião dos líderes da agropecuária cearense com o governador eleito Elmano Freitas e o senador Camilo Santana (já houve uma, há um mês, com a governadora Izolda Cela) terá, com certeza, efeito muito positivo sob todos os pontos de vista, incluindo o social e o político.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, vê com otimismo esse encontro. Ele entende que o agronegócio é um dos setores prioritários do governo do Estado não só no curto prazo, mas até o horizonte de 2050, como preveem os planos econômicos do governo cearense.
Maia Júnior diz que a agropecuária do Ceará tem uma elite empresarial moderna, antenada com o que se passa no mundo, pois participa, anualmente, de várias feiras internacionais, apropriando-se das novas tecnologias e implantando-as aqui em suas áreas de produção.
“No setor da horticultura, por exemplo, o Ceará já produz hoje pimentões coloridos e tomates no mesmo padrão tecnológico e de qualidade dos países produtores da Europa”, como faz questão de salientar o secretário Maia Júnior.
Por seu turno, o secretário Executivo do Agronegócio, Sílvio Carlos Ribeiro, não tem dúvida ao afirmar que o futuro próximo do agro cearense é mais do que promissor, “já é uma realidade, o que entusiasma e incentiva o governo do estado a investir mais no apoio aos pequenos, médios e grandes produtores, em todas as áreas, da carcinicultura à fruticultura, da floricultura à horticultura, da pecuária à apicultura, da cotonicultura à sojicultura, da piscicultura à avicultura”.
Então, aguardemos que se realize logo esse encontro.