É vero! Cartão BNB Agro dá crédito em apenas oito dias

Banco do Nordeste desburocratiza financiamento para o produtor rural nordestino. Consultor Raimundo Reis ensina como acessar o crédito do BNB pela internet. E mais: 1) Congonhas privatizado com ágio de 231%; 2) Preço do petróleo cai

Legenda: Segundo o consultor em pecuária Raimundo Reis, o BNB desburocratizou o crédito para o produtor rural
Foto: Diário do Nordeste

Acredite, que é vero: o Banco do Nordeste conseguiu desburocratizar a concessão do crédito para o produtor rural da região – o do Ceará no meio – e, agora, ele é liberado em apenas oito dias contados desde a data do pleito, “e tudo pela internet, ou seja, pelo site do BNB”, como informa o consultor e produtor Raimundo Reis, que, tirando proveito da novidade, já fez duas compras diretamente de fornecedores que ele mesmo elegeu.  

A novidade foi batizada de Cartão BNB Agro. Ao contrário do que o nome sugere, não se trata de um cartão físico. Sem burocracia, ele é obtido pelo modo digital. Raimundo Reis dá as dicas:  

“A primeira coisa que o produtor deve fazer é procurar o gerente da agência do BNB da qual é correntista. Depois, por meio do site do banco, deve preencher o seu cadastro. Em oito dias, a operação estará aprovada e o financiamento solicitado estará liberado. O próprio produtor opera sua própria conta. O limite do financiamento dependerá do faturamento da empresa. No caso de pessoa física, o limite estará condicionado, também, à sua receita”, explica Raimundo Reis.  

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O consultor e produtor disse à coluna que solicitou e obteve, em uma semana, a liberação do seu financiamento, com o qual fez duas compras a juros de 0,63% ao mês, algo como pouco mais de 7% ao ano, com 12 meses de carência e prazo de até sete anos para o pagamento.  

“Se o pagamento for feito em dia, haverá um rebate (desconto) de até 15%”, revelou Raimundo Reis.  

Ele concorda com a opinião desta coluna, segundo a qual o Cartão BNb Agro é um produto novo, importante, relevante, que atende ao interesse imediato do produtor, principalmente o de pequeno e médio portes, mas muito pouco divulgado, parecendo mesmo um produto confidencial, algo para o que a direção do Banco do Nordeste, certamente, buscará uma solução.   

“O BNB acertou em cheio nesse tipo de operação, que ajudará muito o produtor rural nordestino a otimizar sua atividade, facilitando a concessão do crédito”, comentou Raimundo Reis.  

Podem acessar o crédito do Cartão BNB Agro o pequeno, o médio e, também, o grande produtor. Só não pode o produtor “pronafiano”, isto é, ligado ao Programa de Agricultura Familiar (Pronaf), que já tem à sua disposição uma linha de crédito especial própria.

CONGONHAS PRIVATIZADO COM ÁGIO DE 231% 

Ontem, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizou a oitava rodada de concessão de aeroportos para a iniciativa privada. Foram 15 aeroportos, divididos em três blocos.  

A empresa espanhola Aena arrematou por R$ 2,45 bilhões o bloco principal, do qual fazia parte o Aeroporto de Congonhas. Houve um ágio de 231%, superando todas as expectativas.  

A política de concessões implementada pelo governo federal tem permitido a modernização e ampliação dos aeroportos brasileiros, e o melhor exemplo disso está aqui em Fortaleza, que hoje é administrado pela empresa alemã Fraport. Os alemães fizeram altos investimentos que tornaram o Fortaleza Airport um dos melhores aeroportos do Brasil.  

Até o fim deste ano, deverão ser privatizados os aeroportos de Natal, no Rio Grande do Norte, e o Galeão e o Santos Dumont, ambos no Rio de Janeiro. 

DÓLAR, BOLSA, EUA E CHINA 

E a Bolsa de Valores do Brasil, a B3, fechou ontem, novamente, em alta. Foi uma alta beirando a estabilidade: apenas 0,09%, aos 113.812 pontos.  

O dólar, por sua vez, fechou ontem cotado a R$ 5,17, uma leve alta de 0,12%. 

Hoje, sexta-feira, o preço internacional do petróleo está em queda.  

Na Bolsa de Londres, onde é negociado o petróleo do tipo Brent, importado pela Petrobras, ele é comercializado a US$ 95,91, um recuo de 0,70% em relação à cotação de ontem.  

Essa queda tem a ver com as incertezas que vêm a China, onde a atividade econômica anda devagar, e também dos EUA, onde o Federal Reserve, o Banco Central de lá, poderá aumentar de novo, em setembro, os juros da economia norte-americana em até mais 0,75%.  

A inflação americana não dá sinal de queda e o desemprego nunca esteve tão baixo, o que pode levar o FED a ter de elevar outra vez os juros para derrubar a inflação.