Foi divulgada ontem a ata da última reunião do Copom, cujos destaques foram os seguintes, na avaliação do economista Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Investimentos, em mensagem que transmitiu a esta coluna:
Manutenção da sinalização de que é apropriado manter uma postura de cautela, apesar de avaliar que a conjuntura internacional se mostra menos adversa;
A dinâmica desinflacionária não divergiu significativamente do esperado, apesar de alguma surpresa para baixo do setor de serviços;
A elevação, ainda que pequena, do impacto do El Niño sobre a inflação de alimentos;
A manutenção das projeções de inflação acima da meta no horizonte relevante;
A moderação do crescimento econômico, em linha com o antecipado pelo Comitê, e, principalmente, a avaliação por parte de alguns membros de que a persistência de uma conjunção de maior resiliência do consumo e queda no investimento poderia provocar, no médio prazo, um excesso de demanda em relação à oferta, com potenciais impactos sobre preços;
A observação de um maior dinamismo no mercado de capitais no período recente;
A não inclusão, no texto da ata, de qualquer trecho alimentando a possibilidade de intensificação do ritmo de ajuste monetário, ou seja, nas próximas reuniões do Copom, a Selic continuará sendo reduzida em meio ponto percentual;
E a afirmação de que não há relação mecânica entre cenários e variáveis exógenas (como a dinâmica fiscal ou o cenário externo) e a determinação da taxa de juros.
APROVADA A LDO PARA 2024
Ontem, à noite, o Congresso Nacional – que é a reunião da Câmara dos Deputados com o Senado Federal – aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que baliza e orienta a elaboração do Orçamento Geral da União para 2024.
De acordo com o texto aprovado, o Orçamento do próximo ano terá equilíbrio, ou seja, as despesas e as receitas serão iguais. Com isto, o governo alcançará o prometido déficit zero. Mas ninguém, nem o próprio governo, nem a torcida do Flamengo acredita nessa possibilidade.
S&P MELHORA NOTA DE RISCO DO BRASIL
Também ontem, a agência de risco Standard & Poor’s elevou a nota do Brasil, que saiu de BB- para BB. Com essa elevação, a nota de risco do Brasil fica a dois níveis abaixo do grau de investimento.
De acordo com a agência, o que motivou essa elevação foi a recente aprovação da Reforma Tributária.
No mercado financeiro, a boa notícia de ontem foi a nova alta da Bolsa de Valores brasileira B3, que subiu 0,59%, alcançando 131.851 pontos.
O dólar continuou caindo. Ontem, a moeda norte-americana encerrou o dia cotado a R$ 4,88, uma queda de 0,80%.