Fundada em 30 abril de 1997, a Cooperativa da Construção Civil do Estado do Ceará (Coopercon-CE) prepara-se para celebrar seu 25º aniversário com um invejável portfólio de realizações e metas alcançadas.
Constituída para ser um canal de compras coletivas de suas empresas associadas, a Coopercon foi, durante um período (2010 e 2015), muito mais do que isso, pois abriu os olhos e a mente do empresariado cearense da construção civil para as inovações tecnológicas que o setor experimentava na Europa, no Oriente Médio, na Ásia e na Oceania.
Esta coluna cobriu, com exclusividade, as missões empresariais organizadas pela Coopercon, a primeira das quais durou 15 dias com uma agenda de trabalho extenuante, mas riquíssima sob todos os pontos de vista, principalmente o técnico.
Nessa viagem inaugural, em abril de 2012, a comitiva de empresários da Coopercon, liderada pelo seu presidente Marcos Novaes, visitou o canteiro de obras de alguns dos maiores edifícios residenciais e comerciais de Dubai, incluindo o famoso Infinity, hoje rebatizado como Cayan Tower, arquitetado em formato de DNA humano, com 80 andares e girando 90 graus desde o térreo até o topo, a 306 metros de altura.
Em seguida, o time da Coopercon tomou o rumo da Coreia do Sul, onde, a convite da Hyndai, visitou sua fábrica de elevadores, um dos quais, na época, era o mais rápido do mundo (ia do térreo ao 71º andar em 20 segundos). Dessa viagem, resultou a encomenda de 120 elevadores feita pela Coopercon para várias de suas associadas.
Depois, a missão Copercon viajou de Seul para a China, com agenda em Pequim (visita à Grande Muralha), Qingdao e Layang (visita a fábricas de gruas e cremalheiras) e Guangzhou, onde os construtores cearenses visitaram a Feira Multisetorial de Cantão (a Canton Fair), onde fizeram encomendas de porcelanato.
Em julho de 2014, nova missão empresarial da Coopercon viajou por 15 dias para o Extremo Oriente e a Oceania, e esta coluna foi junto
Na cidade de Kakegawa, na região central do Japão, os cearenses conheceram, em detalhes, uma “fábrica de casas”, pré-fabricadas por um conjunto de 117 robôs que operavam 24 horas por dia, de segunda a sexta-feira, sob a supervisão de 394 técnicos e operários, cujo regime de trabalho em equipes era de 12 horas - das 7 às 7 - seguidas de um dia inteiro de descanso.
A Sekisui House projetava, pré-moldava e instalava, mensalmente, 400 casas, cuja área variarava até 140 m². Preço? A maior custava (na época) o equivalente a R$ 1 milhão, sem contar o terreno que no Japão vale outra fortuna.
Do Japão, a equipe da Coopercon viajou para a Austrália, desembarcando em Brisbane, na Gold Cost, onde teve reuniões com reitores, professores e pesquisadores da Shoutern Cross University e da Universidade de Tecnologia de Queensland.
Da Gold Cost, a missão da Coopercon deslocou-se para Sidney, onde conheceu o programa habitacional do governo australiano para os moradores de rua e teve reuniões com o reitor e professores da Universidade de Sidney, onde estudam muitos brasileiros, incuindo cearenses.
Outra missão da Coopercon que esta coluna acompanhou, em setembro de 2013, foi à Itália, onde um grupo de empresários cearenses da construção visitou a fábrica do Garafoli Group - maior fabricante europeu de portas prontas, muitas das quais podem ser vistas nos luxuosos apartamentos de Fortaleza.
Essas missões da Coopercon – que segue sendo uma das mais ativas cooperativas de compras da construção civil brasileira – são hoje relembradas como um marco da modernidade do setor no Ceará. É bom relembrá-las.