Agricultores que produzem algodão, soja e frutas, além de industriais que fabricam cimento na Chapada do Apodi, no Leste do Ceará, estão pedindo socorro à Superintendência de Obras Públicas (SOP) do Governo do Estado porque as estradas pelas quais é transportada a sua produção estão em petição de miséria – quase intransitáveis. Uma delas transformou-se numa extensa buraqueira que já quebrou pesadas carretas que carregam banana, melão, algodão, soja, cimento e até leite bovino de pecuaristas da região.
Na Pecnordeste do ano passado de 2023, o governador Elmano de Freitas, sob aplausos, prometeu que as estradas vicinais por que passam os caminhões que levam a produção de leite do Sertão Central e as frutas, a soja e o algodão da Chapada do Apodi seriam recuperadas. Infelizmente, a promessa não se cumpriu, e o cenário agravou-se por causa das pesadas chuvas deste ano.
O Poder Público tem procurado ser um aliado da agropecuária cearense, e esta vontade manifestada pelo próprio governador e reiterada pelo seu secretário de Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho, anima os produtores, que, porém, pedem pressa na tomada de providências, uma vez que, do jeito que está, cresce o tempo das viagens, aumentam os custos do frete e atrasam as entregas dos produtos aos clientes.
Um fruticultor transmitiu à coluna vídeos e fotos do grave estado de deterioração em que se encontram as estradas da Chapada do Apodi. O caminho rodoviário de apenas 5 quilômetros que liga a comunidade do Distrito de Tomé até o Distrito de Cabeça Preta, na geografia de Limoeiro do Norte, está quase intransitável, e é por ela que passam, diariamente, dezenas de caminhões carregando frutas para os portos do Mucuripe e Pecém.
Mas há uma boa notícia! A SOP está prestes a lançar o Edital de Licitação para a execução das obras de construção da estrada que ligará a localidade de Olho D’água da Bica, em Tabuleiro do Norte, até a fábrica da Carbomil.
A mesma SOP também já anunciou que licitará as obras de recuperação da chamada Estrada do Melão, que começa na fábrica de Cimento da Apodi e se estende até a cidade de Quixeré, cujo pavimento também foi deteriorado pelas pesadas chuvas que desabaram sobre a região neste ano.
Enquanto essas providências governamentais não chegam, um cotonicultor teve de alugar tratores para melhorar as condições de trafegabilidade da estrada que leva sua produção de algodão desde a fazenda até a indústria de beneficiamento.
Por sua vez, produtores de leite de Quixeramobim, município campeão da pecuária leiteira cearense, seguem reclamando da SOP medidas que minimizem as péssimas condições de tráfego das estradas utilizadas para o transporte da produção desde suas fazendas até os postos de coleta, onde estão os equipamentos de resfriamento.
Não está fácil a vida do produtor rural naquela região do Ceará.