Ceará arrecada menos, porém investe mais do que Pernambuco

Segundo o secretário de Planejamento e Gestão, Mauro Benevides Filho, isso tem sido possível graças ao equilíbrio fiscal que se mantém desde 1987 do século passado.

Legenda: Camilo Santana celebra o equilíbrio fiscal do Governo do Ceará, que se mantém desde 1987.
Foto: Kid Júnior

Na manhã desta terça-feira, no Centro de Eventos do Ceará, o governador Camilo Santana e seu secretário de Planejamento e Gestão, Mauro Benevides Filho, receberam cumprimentos de empresários da indústria e da agropecuária por causa de uma informação procedente do Recife.

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A informação dava conta de que, durante o ano passado de 2021, o estado de Pernambuco, cuja economia ainda é maior do que a cearense, arrecadou R$ 2 bilhões a mais do que o Ceará, mas investiu R$ 1 bilhão a menos.

Ao presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), o secretário e deputado federal Mauro Filho explicou que isso foi e tem sido possível graças ao equilíbrio fiscal que este estado vem mantendo desde o fim dos anos 80 do século passado.

Esta coluna fez uma pesquisa e apurou que, no exercício de 2021, a receita do governo pernambucano deve ter fechado em R$ 60 bilhões, enquanto a arrecadação do Tesouro cearense girou em torno de R$ 48 bilhões (os números definitivos do exercício passado ainda não foram fechados nos dois estados).

O equilíbrio fiscal do Governo do Ceará foi um dos motivos do discurso que o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, pronunciou ontem no Centro de Eventos, onde foram oficialmente inauguradas as instalações de sua pasta e da Secretarias de Turismo, que ocupam quase todo o segundo piso daquele gigantesco edifício. 
 
Maia Júnior, sob forte emoção, ressaltou a mudança política e administrativa pela qual passou o Ceará desde que, em março de 1987, assumiu o governo do Estado o empresário Tasso Jereissati, que “promoveu uma gestão disruptiva, cujos fundamentos duram até hoje”.

De acordo com Maia Júnior, a situação privilegiada do Ceará diante dos demais estados “é consequência dos sucessivos governos que sucederam ao de Tasso, cujas diretrizes em relação ao equilíbrio das contas públicas têm sido mantidas”.